28 julho 2012 17:03
O suspeito de atear o fogo na Madeira saiu em liberdade mas tem de se de se deslocar à esquadra várias vezes por semana.
28 julho 2012 17:03
O homem detido sexta-feira na Madeira pela Polícia Judiciária, suspeito da autoria de dois fogos florestais ficou obrigado a apresentar-se de dois em dois dias às autoridades, depois de ouvido hoje pelas autoridades judiciárias.
Dossiê Fogo na MadeiraA medida de coação foi confirmada à Agência Lusa pelo coordenador da Polícia Judiciária na Madeira, Ricardo Silva, que se escusou a fazer mais comentários sobre este caso, garantindo apenas que "as investigações relacionadas com os incêndios prosseguem".
"O suspeito ficou obrigado a apresentar-se dia sim, dia não, a cada dois dias portanto", disse o responsável da PJ na região.
O detido, um madeirense que chegou a fazer provas para ser bombeiros, tendo sido excluído do concurso, é suspeito de ter provocado dois dos incêndios que deflagraram na ilha.
Segundo a informação divulgada pela PJ, será o alegado autor de dois fogos, um "ocorrido no fim do mês de março na freguesia de Ponta do Pargo, que consumiu uma área florestal de 30 hectares, e ainda do incêndio de grandes dimensões que no dia 17 do corrente mês atingiu as freguesias da Fajã da Ovelha, Ponta do Pargo e Achadas da Cruz, consumindo uma área total de 2.484 hectares e colocando em perigo diversas habitações".
Esta é a segunda detenção efetuada pela PJ na sequência das investigações que estão a ser realizadas pelo Departamento de Investigação Criminal do Funchal, depois de terem surgido 400 focos de incêndios na Madeira a partir do dia 17 de julho e durante uma semana, por existirem "fortes indícios" de origem criminosa em alguns casos.