21 dezembro 2011 11:22
Julgamento do Face Oculta recomeçou esta manhã, com uma das juízas notoriamente doente. Liliana Carvalho volta hoje ao internamento hospitalar. Clique para visitar o Dossiê Face Oculta
21 dezembro 2011 11:22
O juiz presidente Raul Cordeiro comunicou esta manhã, logo após o recomeço do julgamento do processo Face Oculta, que a data agendada da próxima sessão "teria sempre de ser entre os dias 17 e 20 de janeiro de 2012, para acautelar os 30 dias impostos pela lei mas igualmente o necessário repouso da juíza Liliana Carvalho".
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Segundo o magistrado, "para os médicos a juíza não deveria ter saído novamente do hospital de Vila Real e mesmo assim ela conseguiu 'fugir' aos dali", disse em tom de brincadeira. "O incómodo da juíza Liliana Carvalho em estar aqui connosco é manifesto", explicou o juiz-presidente do tribunal coletivo no reinício dos trabalhos.
Depois de um intervalo para repouso da juíza Liliana Carvalho, os advogados deverão pronunciar-se sobre um requerimento com documentos apresentados pelo Ministério Público na penúltima audiência.
O inspetor da PJ Rui Carvalho começou a ser ouvido às 10h10, prosseguindo a inquirição que começara a 25 de novembro, a data da última audiência antes da juíza Liliana Carvalho entrar de baixa médica.
Operada em Vila Real
O julgamento esteve interrompido durante três semanas devido à doença de uma das juízas, que foi operada no Hospital de Vila Real.
A juíza Liliana Carvalho suspendeu ontem à tarde o internamento hospitalar para comparecer esta manhã em Aveiro, e logo à tarde em Ovar, a fim de nenhum dos dois julgamentos ser anulado findo o prazo máximo de 30 dias de intervalo entre sessões.
Liliana Carvalho voltará ao hospital de Vila Real ao final do dia.
No reinício do julgamento, Raul Cordeiro explicou aos advogados e arguidos a razão que levou às interrupções sucessivas do mesmo durante três semanas.
Liliana Carvalho já tinha interrompido o internamento hospitalar há uma semana, para não expirar o limite máximo de 30 dias num outro julgamento, em Estarreja, envolvendo dois militares da GNR suspeitos de alegados crimes de corrupção.
A juíza de 40 anos foi transferida este ano de Mirandela para a Comarca do Baixo Vouga, em Aveiro, que segundo a sua ordem de preferência ocupava o 43.º lugar.
A doença manifestou-se, entretanto, quando decorria o processo Face Oculta e outros julgamentos em Aveiro, Ovar, Estarreja, Albergaria-a-Velha e Sever do Vouga.