Ossos não são de Madeleine

Um saco de serapilheira, encontrado esta tarde por mergulhadores contratados pelo advogado madeirense Aragão Correia, fez temer o pior, mas o alarme durou pouco tempo. Dentro do saco, várias calotes (caveiras) e um sem número de pequenos ossos lançaram o alerta e levaram a chamar de imediato as autoridades, mas o desfecho foi igual a tantos outros: os ossos nada tinham a ver com Madeleine McCann, a criança britânica desaparecida desde Maio do ano passado.

"Os ossos são de animais. Analisámos a saca e verificámos que continha seis ou sete calotes e ossos muito pequenos", adiantou ao Expresso fonte da PJ ligada às investigações, que descartou por completo a hipótese de se tratar de ossos humanos. "Infelizmente, algumas pessoas têm por hábito matar ninhadas de pequenos animais, e atirá-los à barragem. Muito provavelmente, são seis ou sete gatos", acrescentou.

A Polícia Judiciária recebeu a informação por volta das 16 horas e enviou para o local duas brigadas, uma delas de homicídios, que em conjunto com elementos da GNR analisaram as ossadas.

Segundo o DN, desde segunda-feira que uma equipa de sete mergulhadores da escola de mergulho Dive Time, de Lagos, contratados pelo advogado madeirense Aragão Correia efectuam várias buscas na barragem do Arade. Vários fios de cordas, sacos de plástico e uma meia de rapariga terão sido encontrados na barragem do Arade.

Telma Fernandes, assistente do advogado Aragão Correia, adiantou em declarações à imprensa que esse material seguiu para Barcelona onde será analisado. Em Dezembro, numa outra operação de busca particular, patrocinada pelo mesmo advogado, foi encontrada uma corda de cinco metros, entregue à GNR de Lagos. Desta vez o causídico decidiu enviar directamente os elementos recolhidos para análise - cordas, sacos e a meia - no laboratório espanhol, em vez de os entregar às autoridades.