Classificando-a como "absolutamente fundamental"

Sócrates garante que avaliação dos professores vai continuar

12 novembro 2008 14:32

"Vamos cumprir o acordo estabelecido com os sindicatos e aplicar a avaliação dos professores", afirmou José Sócrates, recusando as críticas de arrogância, inflexibilidade e falta de diálogo.

12 novembro 2008 14:32

O primeiro-ministro, José Sócrates, garantiu hoje que a avaliação dos professores vai continuar a ser feita nos moldes acordados com os sindicatos, classificando-a de "absolutamente fundamental" para a melhoria do sistema educativo.

"Vamos cumprir o acordo estabelecido com os sindicatos e aplicar a avaliação dos professores", afirmou José Sócrates, que falava em Ponte de Lima, recusando as críticas de arrogância, inflexibilidade e falta de diálogo que têm sido feitas ao Governo.

"Pode-se acusar o Governo de tudo, menos de não ter tentado negociar com os sindicatos", disse.

Lembrou que a seguir à manifestação dos professores em Março o Governo "dialogou com os sindicatos e chegou a acordo", tendo sido assinado um memorando de entendimento.

"Eu acho que não é pedir de mais à outra parte que cumpra o que assinou. Se há inflexibilidade de alguém é do lado dos sindicatos, que estão a pedir ao Governo que desista de governar e de ter o seu ponto de vista para impor o seu", acrescentou.

O primeiro-ministro assegurou que o Governo "não vai alterar nada" neste processo de avaliação e acusou os contestatários de "não quererem avaliação nenhuma", para que as progressões na carreira se continuem apenas a fazer com base nos anos de serviço, "como aconteceu nos últimos 30 anos".

"Eu não estou disponível para esperar mais 30 anos para avaliar os professores. A progressão automática na carreira é contra os bons professores, contra o mérito e contra a excelência", afirmou.