19 maio 2007 19:42
O advogado promete lutar contra a corrupção e volta a piscar o olho a uma eventual coligação de esquerda.
19 maio 2007 19:42
Pouco passava das cinco da tarde quando José Sá Fernandes oficializou a sua candidatura à Câmara Municipal de Lisboa. Embora o seu principal alvo tenha sido o candidato do PS, António Costa, Sá Fernandes estende a mão a uma coligação que una toda a esquerda, assunto que já tinha abordado há alguns dias atrás, "só tenho uma palavra. O que disse está dito. Estou disponível".
O candidatado do Bloco de Esquerda renovou hoje a proposta, tendo ao seu lado dois apoiantes de peso: o cineasta José Fonseca e Costa e o arquitecto Gonçalo Ribeiro Teles. Contudo é pouco provável que esta coligação venha a conhecer a luz do dia, uma vez que tanto o PS como o PCP já têm candidatos próprios e Helena Roseta tenciona correr por conta própria.
A ausência de Francisco Louçã foi bastante notada, assim como um novo grafismo por parte da candidatura de Sá Fernandes, onde se destacava o verde alface, algo distante das cores usadas pelo Bloco de Esquerda, no que poderá ser uma tentativa de expandir esta candidatura a outros quadrantes políticos.
Sá Fernandes declarou guerra aberta aos problemas que têm vindo a afectar a autarquia nos últimos tempos, a corrupção é descarada, comum e não tem medo. Sem nunca fazer referência directa ao nome de António Costa afirmou que Lisboa necessita de um presidente que por vezes terá de enfrentar o Governo: "um presidente da Câmara não pode ser um representante do Governo nacional na cidade, não pode ser uma espécie de governador civil eleito".
Quando a lei das finanças locais, da responsabilidade de António Costa, foi abordada no discurso de Sá Fernandes, o ex-ministro da administração interna foi novamente alvo de criticas "quem, tendo acrescentado crise à crise, através de uma lei das finanças locais que estrangula ainda mais a câmara, aparece agora como salvador, está a fugir às suas responsabilidades.
A lista de vereadores do Bloco de Esquerda só será apresentada durante a próxima semana, confirmou Sá Fernandes no final do discurso.