ARQUIVO Corrida à presidência de Lisboa

Helena Roseta: na essência é o verbo

13 julho 2007 0:07

13 julho 2007 0:07

Igualmente como peixe na água sente-se Helena Roseta. O cardume é bem mais pequeno. A comitiva destaca-se pelo impacto visual dos coletes luminosos da candidata e seus apoiantes. A impressão dos dizeres é artesanal. Um despojamento também patente nos passeios de bicicleta, uma iniciativa ao serviço da mesma ideia: uma cidade menos ruidosa.

O défice de meios é superado com o voluntarismo nos contactos. Roseta lidera o grupo, numa manhã em Campo de Ourique. Passada rápida, quase militar, faz alongar a coluna. É ela quem se apresenta. Muitos a quem diz o nome já a conhecem. O aperto de mão, estendida com antecedência, é a regra. O diálogo costuma ser breve, mas directo. Roseta enaltece o papel dos cidadãos independentes no arejamento da arena partidária. O discurso é pedagógico – mas não apolítico. Mostra no boletim o local onde deve ser colocada a cruzinha. No apelo foge ao slogan estereótipado e diz: “Se tem um voto para usar, não o estrague”.

Dos sete principais candidatos, é aquele que sabe que o futuro depende sobretudo da sua voz. Por isso, com um discurso conciso, joga tudo em cada diálogo. Para partir, com passo firme e apressado, para nova conversa.

Iniciativas acompanhadas: dia 7, em Campo de Ourique; dia 10, no Rossio.