"Agora há mais possibilidades de voltar ao Estoril"

Roger Federer é a grande atracção da 19ª edição do Estoril Open. O suíço tem sempre muita segurança em seu redor, mas nem por isso perde a boa disposição. Pela primeira vez em Portugal para competir, explicou que a escolha pelo Estoril Open foi feita tendo em conta o calendário de terra batida.

"Queria jogar um torneio mais pequeno, nos últimos tempos só tenho jogado, em terra batida, Grand Slams e Master Series (o último torneio mais pequeno que jogou em terra batida foi o de Munique, em 2003). Estar aqui como principal favorito, e ter um quadro mais fácil do que num Master Series, é bom para mim. Permite-me relaxar um pouco mais, enquanto me preparo. Acho que é uma boa forma de começar a época de terra batida. O calendário da temporada de terra batida é ligeiramente diferente este ano, por isso, em vez de jogar quatro torneios seguidos, optei por jogar dois mais dois, com uma semana de descanso no meio e, para esse objectivo, esta semana do Estoril Open era perfeita", disse.

Se Federer nunca tinha estado em Portugal, agora já fala na hipótese de regressar. "Gosto muito deste sítio. Já tinha estado no Estoril há uns anos, mas só conheci o hotel e o casino. Desta vez tenho visto mais coisas, o tempo é óptimo, as pessoas fantásticas e as paisagens magníficas. Estou muito surpreendido. Quando temos essa combinação de factores, é bom. Gosto sempre de voltar a sítios que me agradam, por isso as hipóteses de voltar são melhores, agora que já cá estive."

O futuro de Gastão, o craque Ronaldo e o amigo Figo

Federer conhece bem Gastão Elias, o jovem que começa agora a traçar o seu caminho no circuito ATP. E o suíço reconhece qualidades ao português. "Treinei com ele uma semana no Mónaco, depois voltei a encontrá-lo em Miami. É um bom jogador, e espero que possa entrar em definitivo no circuito muito em breve."

Além do ténis, o número um do Mundo é um confesso admirador de futebol, e mostrou conhecer bem o craque do momento do futebol português, Cristiano Ronaldo. Mas, sobre uma possível conquista do prémio de melhor do Mundo, o suíço já não tem tantas certezas, e vai puxando "a brasa à sua sardinha".

"No futebol, tudo depende sempre de muita coisa. Diria que ele está nos cinco melhores, tem feito uma temporada muito boa no Manchester, com muitos golos, mas esta época tudo dependerá do Campeonato da Europa. Se ele quer ser o melhor, tem de vencer lá. E, infelizmente, está no grupo da Suíça, por isso vai ser muito difícil (risos)", afirmou.

Além de Ronaldo, Federer conhece muito bem Figo, seu amigo. E revelou mesmo ter convidado o jogador do Inter de Milão a vir até ao Estoril Open. "Vamos ver se é possível. Se não for, vemo-nos no Mónaco, em Roma ou em Paris", disse.