A cólera da vergonha
20.09.2018 às 18h00
Entrada do Centro de Tratamento da Cólera de Maradi
Ollivier Girard/European Commission
Chegam de noite aos centros de tratamento para não serem vistos pelas comunidades onde vivem e, por vezes, chegam tarde demais. Nenhuma doença é tão estigmatizante no Níger como a cólera. E todos os meios são poucos para tentar controlar a crise
As mãos ainda cheiram a lixívia três dias depois da visita ao Centro de Tratamento de Cólera (CTC) de Maradi. A solução de cloro a 0,05% é obrigatória após a lavagem das mãos com água e sabão cada vez que se passa uma das 'fronteiras' internas daquele campo, que foi construído para combater a epidemia de cólera que grassa no sul do Níger e norte da Nigéria. As solas dos sapatos têm também obrigatoriamente de mergulhar numa solução desinfetante de composição semelhante.
Isto passa-se na entrada do campo, na triagem, nas zonas das enfermarias de homens e mulheres e na zona reservada à convalescença. A cada porta de entrada ou saída… o levantar dos pés, um após o outro, resulta numa coreografia de rigor de procedimento para quem quer que se movimente no CTC.
Para continuar a ler o artigo, clique AQUI
(acesso gratuito para Assinantes ou basta usar o código que está na capa da revista E do Expresso, pode usar a app do Expresso - iOS e android - para fotografar o código e o acesso será logo concedido