O liberal reformado que pôs a Europa a suspirar de alívio
05.12.2016 às 18h00
VITÓRIA. Alexander Van der Bellen a votar, na primeira volta das presidenciais, em maio. Agora foi eleito Presidente
epa
Este domingo, o candidato que prometeu “igualdade e solidariedade” aos eleitores austríacos conseguiu tornar-se o novo presidente do país, derrotando o opositor de extrema-direita que “faz lembrar os anos 1930”. Por curar estão as diferenças que dividem o país ao meio
Há uma expressão comum que invade as páginas dos jornais nesta segunda-feira: “A Europa já pode suspirar de alívio.” Comentadores, politólogos, jornalistas respiram fundo depois de neste domingo a Áustria ter contrariado a onda de decisões imprevisíveis e antissistema que têm varrido o continente, mas também os Estados Unidos, e eleito Alexander Van der Bellen, antigo líder do partido Verde e professor universitário de Economia, como Presidente do país.
O alívio tem razão de ser: contra Van der Bellen concorria Nobert Hofer, líder da extrema-direita, símbolo da intolerância, da oposição aos refugiados, dos muros que fecham fronteiras, apoiante de Trump nos Estados Unidos, Le Pen em França ou dos extremistas do AfD na Alemanha. Van der Bellen, tratado pelos seus apoiantes como “professor” ou “Sascha” – este último deve-se às suas raízes russas, uma vez que a palavra serve de diminutivo ao seu nome -, conseguiu vencer mais um líder populista que chegou perto do poder na Europa, mas tem agora nas suas mãos um país que entregou quase metade dos seus votos (46%) a um líder de um partido de extrema-direita que se assume anti-islâmico e que tem um histórico de antissemitismo.
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