Kaurismäki de manhã, Pedro Costa e Wang Bing à tarde, Víctor Erice ao anoitecer, “Cerrar los Ojos” é extraordinário: há dias assim em Cannes
Com o concurso pela Palma de Ouro a meio, o cineasta finlandês leva a preferência com “Fallen Leaves”. Kaurismäki é o grande realizador romântico do que resta da classe operária. Mas Cannes deve muito ao que está a aparecer das secções laterais: uma excelente curta de Pedro Costa é “teste” para projeto futuro, Wang Bing vinga em documentário um compositor chinês proscrito no seu país. E depois chegou “Cerrar los Ojos”, de Víctor Erice. Filme de espectros e de revelações. É portentoso. Há três décadas que o espanhol não realizava uma longa-metragem. Este é o filme em que a atriz Ana Torrent volta a dizer “Soy Ana”, exatamente cinquenta anos passados desde “O Espírito da Colmeia”.
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