Publicou a primeira obra literária, "Une curieuse solitude" com apenas 22 anos e, três anos mais tarde, em 1961, Philippe Sollers conquistou o prémio Médicis com a obra "Le parc". Estava marcado o arranque da carreira daquele que é um dos mais conhecidos escritores franceses nos últimos 50 anos.
Nasceu a 28 de novembro de 1936, em Talence, perto de Bordéus, no seio de uma família burguesa e recebeu o nome Philippe Joyaux. Escritor precoce, escapou de ser enviado para a guerra da Argélia, em 1962, devido às alegações de que sofria de esquizofrenia.
Na segunda metade do século XX, Sollers conviveu com grande parte da intelectualidade francesa, nomes como Eugène Ionesco, Louis Aragon, Elsa Triolet, Jacques Lacan, Jean-Luc Godard ou Roland Barthes fizeram parte do seu núcleo de amizades, tendo ficado marcados pela reputação de iconoclastia. Assumiu ter sido fortemente influenciado, por exemplo, pelos textos do Marquês de Sade (1740-1814).
Foi também na juventude que Philippe Sollers abraçou a militância comunista, da qual viria mais tarde a distanciar-se, tendo publicado grande parte das suas obras na célebre editora Gallimard.
O autor foi casado com a psicanalista e escritora de origem búlgara Júlia Kristeva, com quem tem um filho em comum. Além de precoce no início da carreira, Sollers manteve-se ativo quase até ao fim da vida, tendo o seu livro mais recente sido publicado ano passado, com o título “Graal”.
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