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Cultura

Livros: as vidas e a ‘contravida’ de Natália Correia, “titanicamente” poetisa e indecifrável

Natália Correia no início dos anos 80
Natália Correia no início dos anos 80
Inácio Ludgero/Visão

Viveu nos moldes próprios: casou-se, descasou-se, recasou-se, rejeitou a ideia de ter filhos, tornou-se “titanicamente” poetisa. No ano do centenário de nascimento de Natália Correia, “O Dever de Deslumbrar”, de Filipa Martins, rastreia-lhe os passos

Biografar é reconhecer que, ao atirarmos a rede, muito fica por apanhar. As palavras são de Filipa Martins, lá pela pág. 32, cedo num livro que atinge as 695 e que, acreditamos, poderia ter muitas mais. Mais à frente, chega-se a uma das “porta fechadas cujas chaves o biógrafo não conseguiu encontrar”. O papel deste volta a ser esquadrinhado a propósito da necessidade de “puxar o freio da especulação”. Perante a vida imensa de Natália Correia, abrir caminho entre a folhagem, prender-se aos factos ou reconhecer as zonas de sombra — ou seja, saber onde puxar o freio — não pode ter sido tarefa fácil. Levou quase seis anos a ser concretizada, e o resultado é um fôlego. Chama-se “O Dever de Deslumbrar”, como um dos poemas integrado em “O Sol nas Noites e o Luar nos Dias”, a poesia completa saída em abril de 1993 a cujo lançamento a autora já não pôde assistir. Morrera dias antes, a 16 de março.

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