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“O argumento de que o outro não vai saber cuidar é de grande arrogância. É um novo colonialismo”

“O argumento de que o outro não vai saber cuidar é de grande arrogância. É um novo colonialismo”
D.R.

Uma panela dos indígenas kaingang está nas reservas do Museu Nacional de Arqueologia em Lisboa. A comunidade já sabe e quer descobrir mais sobre o seu artefacto sagrado. Uma investigadora vai construir a ponte entre os dois mundos. É que, quando na ordem do dia está a devolução de bens culturais aos povos originários, um museu brasileiro já faz uma experiência inovadora em que todos ganham e ninguém perde

A museóloga brasileira Marília Xavier Cury está em Portugal e fica até ao início do próximo ano. Antes de regressar à casa, a investigadora do Museu de Arqueologia e Etnologia da Universidade de São Paulo sabe que tem uma missão muito importante: ver a panela kaingang que se encontra guardada nas reservas do Museu Nacional de Arqueologia, em Lisboa.

“Eu contei a eles [representantes dos kaingang] que vinha a Portugal ver um objeto da comunidade. Essa peça tem um dono, não físico mas espiritual, porque os kaingang acreditam que, embora seja um objeto utilitário, é visto como algo sagrado porque tem a mão do ancestral que recolheu a argila, da mulher que a fez e que a usou. Tem o peso da ancestralidade”, partilha Marília Xavier Cury, resumindo uma história com muito a ensinar.

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