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Cartas de amor escritas por Bob Dylan vão morar no Porto: Livraria Lello pagou €519 mil por manuscritos inéditos

Bob Dylan no início dos anos 60
Bob Dylan no início dos anos 60
Getty Images

As mais de 150 páginas manuscritas foram endereçadas a Barbara Ann Hewitt, quando Bob Dylan ainda não era Bob Dylan e tinha apenas 17 anos. O conjunto de 42 cartas vai ser exibido ao público a 13 de janeiro do próximo ano

A Lello investiu mais de meio milhão de euros para adquirir, num leilão realizado em Nova Iorque na noite desta quinta-feira, um conjunto de 42 cartas de amor inéditas, escritas por Bob Dylan no final dos anos 1950, durante a adolescência. A informação foi avançada em primeira mão ao Expresso.

As mais de 150 páginas manuscritas pelo Nobel da Literatura vão ser integradas no vasto espólio da emblemática livraria portuense e vão ser exibidas ao público a 13 de janeiro do próximo ano.

As cartas de amor endereçadas a Barbara Ann Hewitt, escritas quando aos 17 anos Robert Allen Zimmerman (nome de nascença) ainda não era Bob Dylan, revelam as emoções de uma paixão adolescente, as aspirações do autor, bem como a intenção que tinha de mudar de nome. Nesses manuscritos, o jovem já demonstrava o talento para a poesia e manifestava o sonho de, um dia, conseguir vender um milhão de discos.

“Foram uma noite e uma madrugada intensas e entusiasmantes que terminou com a nossa aquisição destas cartas do Nobel da Literatura, Bob Dylan”, refere Aurora Pedro Pinto, administradora da Livraria Lello, que para licitar este “tesouro” teve de desembolsar 535 mil e 900 dólares (519 mil euros), o dobro do valor inicial pelo qual as cartas foram colocadas à venda.

Aurora Pedro Pinto, administradora da Livraria Lello (Foto: Horacio Villalobos-Corbis/Corbis via Getty Images)

“Estamos muito felizes por incluirmos as cartas que testemunham o nascimento de um autor inconfundível, tanto no plano literário como musical, no espólio da Livraria Lello, e por trazê-las para o Porto, reforçando a oferta cultural para o território”, realça Aurora Pedro Pinto.

O investimento, acrescenta a administradora da Lello, “dá continuidade à aposta que a livraria tem vindo a fazer na valorização do património literário, que é também património cultural, transportando histórias únicas”.

Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: amcorreia@expresso.impresa.pt

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