Cultura

Diretores de teatro e artistas de mais de 30 países europeus reunidos Lisboa

Diretores de teatro e artistas de mais de 30 países europeus reunidos Lisboa
Ana Santos - Getty Images

Até domingo, no âmbito na Conferência Internacional de Teatro da rede europeia que tem dois teatros portugueses entre os seus membros, dezenas de agentes culturais estão reunidos na capital portuguesa

Diretores de teatro e artistas de mais de 30 países europeus estão reunidos em Lisboa até domingo, no âmbito na Conferência Internacional de Teatro da ETC, rede europeia que tem dois teatros portugueses entre os seus membros.

De acordo com a diretora executiva da Convenção Europeia de Teatro (ETC, sigla em inglês), Heidi Wiley, em declarações à Lusa, são esperados na conferência, que decorre sob o tema “Cuidar – Sabemos que cuidar uns dos outros nunca foi tão importante”, “cerca de cem diretores de teatro e artistas dos principais teatros de 30 países da Europa”.

A Conferência Internacional de Teatro decorre desde quarta-feira no Teatro D. Maria II, um dos dois membros portugueses da ETC. “O outro, que se juntou à ETC há não muito tempo, é o Teatro Municipal Sá de Miranda, em Viana do Castelo. E temos um candidato a membro: o Centro Cultural de Belém”, referiu Heidi Wiley.

A ETC é uma “rede cultural para teatros públicos da Europa”, mas visto que está “organizada como associação”, também é possível tornarem-se membros “teatros ou salas de espetáculos que trabalham com teatro contemporâneo”.

“A ETC oferece projetos artísticos de colaboração, programas de desenvolvimento profissional e a voz no ‘lobbying’ pelo Teatro. É sobre dar e receber, fazer parte, estar comprometido, estar ativo para moldar aquilo a que chamo Teatro ‘feito na Europa’, para que tenhamos visibilidade enquanto setor que tem sofrido muito durante a pandemia”, referiu.

Se o teatro já era “um setor frágil” antes da pandemia da covid-19, agora enfrenta “muitos desafios para encontrar o seu lugar desta sociedade muito rápida e dinâmica”, em que há “várias crises, como a guerra na Ucrânia e a crise energética”.

“Estamos a tentar encontrar as melhores práticas, o que funciona bem num sítio, que possamos partilhar noutras áreas, soluções conjuntas, posições conjuntas. Tornar o Teatro mais forte”, disse.

Heidi Wiley está consciente das dificuldades financeiras e questões de subfinanciamento que enfrentam os teatros portugueses, e salienta que “não é, obviamente, uma situação que se passa apenas em Portugal”. “É uma situação semelhante à que enfrentamos em toda a Europa, também nas artes performativas, em instituições, companhias independentes”.

Até domingo, o Teatro Nacional D. Maria II, parceiro na organização da conferência, será palco de vários debates, apresentações e reuniões, nos quais serão abordados temas como a sustentabilidade ou as condições laborais. O programa também inclui espetáculos.

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