"Quem não aparece desaparece". É assim que o professor António Ponte, diretor do Museu Nacional Soares dos Reis, no Porto, resume a importância de "levar permanentemente o museu ao contacto com os outros". Seja isto feito pelos "métodos mais tradicionais", como exposições, conferência e serviços de educação, seja por "via de um novo conjunto de instrumentos de comunicação que permitem chegar ao público": redes sociais como o Twitter e o Instagram, mas também "atividades que gerem a participação do público na própria programação do museu".
De tudo isso deverá o responsável falar esta quarta-feira, às 18h, na sessão com que a Faculdade de Ciências Sociais e Humanas (FCSH) da Universidade Nova, em Lisboa, marca o lançamento do Obi.Media - Observatório de Inovação dos Media, uma estrutura destinada a acompanhar o jornalismo e as indústrias criativas nos seus esforços de comunicação.
O primeiro debate da sessão (que coincide com o Dia Nacional da Cultura Científica) é justamente sobre museus, tendo como convidado, para além de António Ponte, Tiago Guerreiro, responsável pela comunicação digital do Museu Bordalo Pinheiro. Terá sido escolhido, pelo menos em parte, devido ao facto de a estratégia online do seu museu - que conheceu um "tremendo crescimento em 2020-2021", segundo diz - já estar a ser alvo de estudos académicos, incluindo uma tese de mestrado a ser apresentada na Escola Superior de Comunicação Social durante a próxima semana.
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