Cultura

“Amália, mais do que ela, é todos nós”: Manuel Alegre dedica tributo a Amália Rodrigues

18 julho 2020 9:31

“As Sílabas de Amália”, livro lançado pela D. Quixote, é também, “uma homenagem ao Alain Oulman, que tinha um grande instinto para o que na poesia era ao mesmo tempo culto e popular”. Leia as declarações de Manuel Alegre ao Expresso

18 julho 2020 9:31

Manuel Alegre, último poeta vivo que Amália cantou, dedica-lhe um tributo na forma de um livro. Os poemas cantados, dois inéditos a ela dedicados, textos em prosa e outros mais poemas sobre ao fado (a maioria deles nunca antes publicados) surgem agora reunidos em “As Sílabas de Amália”, um livro lançado pela D. Quixote que “é uma homenagem ao Alain Oulman, que tinha um grande instinto para o que na poesia era ao mesmo tempo culto e popular” e que é também “um tributo a Amália, porque”, como explica o autor ao Expresso, “Amália, mais do que ela, é todos nós”.

Também com uma edição em audiolivro lido pelo próprio Manuel Alegre, este volume é testemunho de uma relação de convívio e amizade. “Reuníamo-nos em Coimbra para ouvir os discos dela”, recorda o autor, lembrando que nesses dias Amália “era já uma referência e uma inspiração, uma voz de poesia e para a poesia, popular e culta”. Foi através de Oulman que Manuel Alegre a conheceu em Paris, já depois de ter gravado ‘Trova do Vento que Passa’. Com Adriano, que antes dera a sua voz e música a este poema, “a Trova foi um hino da resistência” e “é significativo que Amália a tenha cantado sabendo isso”, sublinha Manuel Alegre, que acrescenta ainda que “com Amália a ‘Trova’ é uma versão mais lírica, um canto de exílio e amor pelo país”.

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