Cultura

Bob Dylan em entrevista raríssima: “Penso sobre a morte da raça humana”

28 junho 2020 9:35

Douglas Brinkley

william claxton

O vencedor do Prémio Nobel fala sobre mortalidade, a busca de inspiração no passado e o seu novo álbum “Rough and Rowdy Ways”

28 junho 2020 9:35

Douglas Brinkley

Há alguns anos, sentado à sombra das árvores em Saratoga Springs, Nova Iorque, tive uma conversa de duas horas com Bob Dylan, onde abordámos Malcolm X, a Revolução Francesa, Franklin Roosevelt e a II Guerra Mundial. A certa altura, perguntou-me o que eu sabia sobre o Massacre de Sand Creek de 1864. Quando respondi, “não o suficiente”, levantou-se da sua cadeira, entrou no autocarro da digressão e voltou cinco minutos depois com fotocópias que descreviam como as tropas dos Estados Unidos chacinaram centenas de Cheyenne e Arapahoe pacíficos no sudeste do Colorado.

Dada a natureza da nossa relação, senti-me à vontade para o contactar em abril, depois de, no meio da crise do coronavírus, ter inesperadamente lançado a sua canção épica de 17 minutos, ‘Murder Most Foul’, sobre o assassínio de Kennedy. Apesar de não ter dado nenhuma grande entrevista, a não ser na sua própria página, desde que ganhou o Prémio Nobel da Literatura em 2016, concordou com uma conversa telefónica a partir da sua casa em Malibu, que acabou por ser a sua única entrevista antes do lançamento, na sexta-feira 19 de junho, de “Rough and Rowdy Ways”, o seu primeiro álbum de originais desde “Tempest”, em 2012.

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