Cultura

Manuel Vilas, o escritor espanhol que não tem medo do luto. “A alegria é um sentimento revolucionário”

27 junho 2020 18:00

archivio mondadori via getty images

Volta a abordar o luto e a perda, mas também o amor pelos filhos. E está a escrever sobre uma família confinada por causa da atual pandemia. Manuel Vilas em entrevista

27 junho 2020 18:00

Há dois anos, Manuel Vilas transformou-se num verdadeiro fenómeno editorial em Espanha, quando o seu romance autobiográfico “Em Tudo Havia Beleza” — no qual narrava a perda dos pais, a história da família, problemas e superações — se tornou o livro mais elogiado pela crítica e um inesperado best-seller. Editado em Portugal pela Alfaguara, o novo livro, “E, de Repente, a Alegria” (ver crítica no Culturas de 20 de junho, pág. 64), conta na primeira pessoa a “estranheza imensa” da nova vida do escritor: sempre em viagem, de hotel em hotel, combatendo a depressão, acertando contas com o passado e também com o futuro.

Embora retome e prolongue temas do romance anterior, “E, de Repente, a Alegria” centra-se muito mais na figura do narrador autobiográfico. Como é que os dois livros se relacionam?
São dois livros aparentados, como se fossem primos. Mas são diferentes. “E, de Repente, a Alegria” é um livro mais luminoso, onde a morte dos pais está assumida, foi aceite. Escrevi-o já para lá do sofrimento. Há uma continuidade, mas são dois romances independentes. O leitor não precisa de ter lido um para compreender o outro.

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