
“Jeffrey Epstein: Podre de Rico” revela com detalhe a forma como o milionário norte-americano fez fortuna e usou o poder para satisfazer os seus doentios desejos. Quanto ainda haverá por descobrir?
“Jeffrey Epstein: Podre de Rico” revela com detalhe a forma como o milionário norte-americano fez fortuna e usou o poder para satisfazer os seus doentios desejos. Quanto ainda haverá por descobrir?
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Esquemas, muitos esquemas. E esquemas para tudo. Para arranjar emprego, falseando a formação académica. Para subir na carreira, enganando quem lhe deu trabalho. Para ganhar influência, chantageando aqueles que lhe ficaram a dever favores. Se a vida de um homem pudesse ser condensada numa só palavra, a lápide de Epstein teria a palavra ‘esquema’ em letras garrafais. O homem, milionário de dinheiro sem rasto, cultivava uma exuberância discreta — bem parecido, parecia fazer gala do seu lado reservado —, enquanto se relacionava com celebridades, homens de negócios e membros da realeza. E não prescindia de se fazer acompanhar por beldades consideravelmente mais jovens.
Quem o conhecia protegia-o. E eram quase todos nomes sonantes, da alta finança ao imobiliário, passando pela política e pela cultura. Os nomes hão de revelar-se a seu tempo, mas não são prioridade no arco narrativo. “Jeffrey Epstein: Podre de Rico” é uma série documental de várias camadas, que cruza informações jornalísticas e policiais com relatos na primeira pessoa, documentos judiciais e um sem-número de recursos para garantir que este seria um produto sem pontas soltas. É que esta é, mais do que à partida se poderia supor, a história de um esquema internacional que foi abafado por uma espécie de clã impune que comprava a imunidade com dólares: 100 mil para a polícia local, a determinada altura.
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