DGS cautelosa sobre previsões do pico da pandemia em Portugal
A curva epidémica em Portugal ainda está "em franca ascendência", mas não de forma "exponencial e abrupta", sublinhou Graça Freitas
A curva epidémica em Portugal ainda está "em franca ascendência", mas não de forma "exponencial e abrupta", sublinhou Graça Freitas
A diretora-geral da Saúde (DGS) aconselhou esta quinta-feira cautela nas previsões sobre o pico da pandemia da covid-19 em Portugal, referindo que os números de novos casos poderão flutuar.
"Nós só saberemos que estivemos no pico quando começarmos a descer. E mesmo assim, não é nos primeiros dias de descida, porque às vezes, a seguir a uma aparente descida, volta a haver uma subida", referiu Graça Freitas na conferência sobre a progressão da pandemia em Portugal.
A responsável referiu que a curva epidémica em Portugal ainda está "em franca ascendência", mas não de forma "exponencial e abrupta".
"Temos tido uma subida relativamente aplanada, mas não sabemos quando é que vai ser o pico com certeza", referiu, reiterando que será mais "um planalto" e que "estes dados relacionados com o pico têm que ser muito cautelosos".
A diretora geral salientou que, mais do que número diário, o que interessa às autoridades de saúde é, sobretudo, "o número de doentes por semana" para que o sistema consiga responder.
"Esse é o grande objetivo dos serviços e do sistema de saúde: conseguir ter numa unidade de tempo, uma semana, por exemplo, um número suficientemente controlável de doentes para respondermos bem e em segurança, mesmo se para isso tenhamos que andar mais semanas até atingir o pico e depois começar a descer a curva", afirmou.
As mais recentes previsões das autoridades de saúde sobre a fase mais aguda da doença em Portugal apontavam para o mês de maio.
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