Novos vinhos para ter à mesa de Natal e saborear até à próxima colheita
Perfeitos para partilhar, oferecer ou guardar, estes lançamentos recentes refletem a grande variedade e sobretudo qualidade que cada vez mais os vinhos portugueses alcançam. Descubra grandes néctares para brindar ao Natal – e ter na garrafeira durante todo o ano.
Brancos, tintos e Portos, chegaram recentemente ao mercado para compor a garrafeira, presentear alguém especial ou servir com gosto durante as celebrações da época. Uma dúzia de bons vinhos portugueses que vai querer ter à mão até à próxima colheita.
Taboadella Grande Villae Branco 2020
Brancos
Taboadella Grande Villae Branco 2020 Oriundo de uma região berço de grandes vinhos de perfil clássico e enorme longevidade, o Dão, o Taboadella Grande Villae Branco 2020 cresce na Quinta da Taboadella, em Silvã de Cima, Sátão, propriedade da família Amorim. Numa vindima marcada por precipitações durante a primavera e um Verão quente que antecipou a vindima e originou maturações muito equilibradas, apresenta complexidade aromática e elevada concentração, que reúne as castas Encruzado, Bical e Vinha Velha. De acidez vibrante, firme e textura sedosa, revela-se um clássico vinho de território, de sítio, expressando o invulgar terroir da Taboadella, sem filtros. Com uma produção de cerca de 4500 garrafas, está à venda por €38.
Loureiro Dócil
Loureiro Dócil Resultado de uma parceria entre dois grandes nomes do vinho, a Niepoort, e o enólogo Anselmo Mendes, é também uma celebração da amizade este Loureiro Dócil recentemente lançado. A parceria resultou em dois Loureiros e um Vinhão que deixam transparecer o respeito pelo terroir e a identidade das castas das várias regiões onde produz, mostra mais uma vez que não tem qualquer receio de inovar e romper barreiras. No caso particular deste Loureiro Dócil, estagiou 24 meses em inox, em contacto com borras finas, resultando num branco meio doce, e suave com origem nas vinhas da Ramada, na região de Viana do Castelo. O PVP do Loureiro dócil é €16.55.
Grainha Reserva Branco 2021
Grainha Reserva Branco 2021 Este clássico duriense acaba de chegar ao mercado com uma nova imagem, mais sofisticada e universal reforçando a identidade de um vinho que demonstre “o caráter das nossas terras, com um estágio em madeira e uma estrutura diferenciadora no Douro, revelando um enorme prazer à mesa”, destaca Luisa Amorim, CEO Quinta Nova de Nossa Senhora do Carmo, de onde este branco reserva é proveniente. De 2021, fica na memória o ano fresco, com um verão pouco quente e uma vindima com alguma precipitação. As condições naturais e as noites frescas contribuíram para uma maturação lenta e gradual, favorecendo o equilíbrio da uva e guardando perfumes primários, uma textura suculenta e frescura cintilante. Frescura, “corpo redondo de uvas amadurecidas sem pressa, com a expressão de fruta fresca, de especiarias e notas de baunilha, num equilíbrio magnífico entre seriedade, tensão e delicadeza. É um branco com uma enorme complexidade que termina longo e muito preciso” é como o descreve a equipa de enologia da quinta duriense. Do Grainha Reserva Branco 2021 foram produzidas 32000 garrafas, com nova imagem e PVP de €14.99.
Colecção Privada DSF Riesling 2021
Colecção Privada DSF Riesling 2021 Proveniente de uma vinha plantada em 2008 na região de Trás-os-Montes, com uma altitude de 630 metros e solo granítico. O proprietário, Paulo Hortas, diretor de enologia da José Maria da Fonseca desafiou Domingos Soares Franco para ficar com as famosas uvas Riesling, resultando num vinho que apresenta uma combinação de aromas de flor de lima, citrino e maçã verde. De cor amarelo esverdeado, este branco evidencia uma acidez viva e persistente, revelando uma boa textura. Com um final de boca elegante e distinto, o Colecção Privada DSF Riesling 2021 tem um poder de evolução em garrafa de cerca de 15 anos, garante a casa, sendo o PVP de €9.90.
Pessegueiro Vinha da Afurada Reserva Branco 2019
Pessegueiro Vinha da Afurada Reserva Branco 2019 Da casta Rabigato e Viosinho, o Pessegueiro Vinha da Afurada Reserva Branco 2019 passou dois anos em madeira e em inox, a afinar as qualidades. Oriundo de uma parcela plantada em 2011 em altitude entre os 550 e 580 metro, depois da vinificação numa cuba de inox, passou por um estágio de 16 meses em madeira, sempre em contacto com borras finas, efetuando o processo “bâtonnage”, e 16 meses em inox. No total, foram 32 meses de estágio, até chegar a hora do “Pessegueiro Vinha da Afurada Reserva Branco 2019” ser, finalmente, engarrafado. De casta Rabigato e Viosinho, salivante e de acidez equilibrada, deu origem a 3915 garrafas, que podem, agora, ser encontradas em restaurantes e garrafeiras ao PVP recomendado de €19.50.
Casa da Passarella Vindima 2011
Tintos
Casa da Passarella Vindima 2011 Após 11 anos de estágio, este vinho traz no seu ADN 130 anos de história, vinificação antigos, castas de vinhas centenárias e um legado geracional, que fazem parte da essência e da identidade desta casa centenária. O Casa da Passarella Vindima 2011, sob enologia de Paulo Nunes, apresenta-se vermelho rubi, intenso e de grande complexidade aromática, onde predomina a fruta vermelha com especiarias e um toque balsâmico. Lançado em outubro último, nasceu das sete vinhas próprias da Passarella, onde se incluem várias parcelas centenárias, com mais de 20 castas autóctones. Foi feita uma cuidadosa escolha do momento exato para a vindima. A vinificação foi feita em lagar de granito e, em maio de 2013, iniciou um longo processo de maturação em garrafa. “Da vinha ao vinho, o Vindima 2011 é o herdeiro de histórias fascinantes, de tradições que foram partilhadas, de pais para filhos, tanto por grandes nomes da enologia portuguesa do passado, como por gente humilde e sábia para quem estas terras não têm quaisquer segredos. Histórias que quisemos guardar em cada uma destas garrafas”, afirma Paulo Nunes. O PVP é de €260. Da mesma casa, encontra outras referêcias mais aigas da carteira e igualmente prazerosas, como o Casa da Passarella O Fugitivo Pinot Noir 2019, que custa €28.
Quinta Nova Vinha Centenária
Quinta Nova Vinha Centenária Dos socalcos durienses surgem os “Vinha Centenária”, com base na vinha secular da parcela 21, em conjugação com duas outras parcelas – a P28 de Tinta Roriz e a P29 de Touriga Nacional. Os muros de xisto preservam a parcela 21, uma vinha centenária que constitui atualmente um património genético com cerca de 80 castas, destacando-se o Donzelinho Tinto, com 8% do encepamento total, e 3% de castas brancas. O Quinta Nova de Nossa Senhora do Carmo Vinha Centenária Referência P28/P21 e o Referência P29/P21, ambos da colheita de 2019, são vinhos raros. Com uma produção de 3500 garrafas cada, No Quinta Nova Vinha Centenária Referência P28/P21 encontramos “um vinho de uma sofisticação contemporânea, pleno de mineralidade, frutos azuis, rico em notas especiadas, com uma estrutura bem firme, elevada concentração, densidade e profundidade”. Já no Vinha Centenária Referência P29/P21 destaca-se um “perfil muito elegante, quase feminino, contrastando com uma estrutura intensa de taninos suculentos de enorme precisão. Uma textura xistosa, de elevada gravidade, com um perfil seivoso e cor bem púrpura que refletem na sua essência a natureza da Touriga Nacional”, como indica a equipa de enologia liderada por Jorge Alves e Mafalda Machado. Ambas as referências custam €90.
Quinta de São Luiz Vinha Rumilã Grande Reserva Tinto 2017
Quinta de São Luiz Vinha Rumilã Grande Reserva Tinto 2017 De edição limitada, o Quinta de São Luiz Vinha Rumilã Grande Reserva Tinto 2017 nasce de uma pequena parcela centenária com o mesmo nome. As uvas foram selecionadas cuidadosamente na própria vinha através da ancestral colheita manual. O perfil singular e expressivo deste vinho pode ser compreendido pelo seu nariz acetinado e complexo, com nuances mentoladas e aroma a frutos silvestres e violeta. Na boca assume taninos sedosos, mas firmes e uma frescura acídica cativante. Disponível em edição numerada de 1.223 garrafas, estagiou 24 meses em barricas de carvalho francês. Deve ser servido a uma temperatura entre os 14 e 16ºC, ideal para acompanhar carnes de caça e de textura rica assim como queijos. Custa €70 Também de edição limitada, proveniente da mesma quinta duriense, o Vinhas Velhas Grande Reserva Tinto 2018 é fruto de uma produção reduzida limitada a 2400 garrafas, com estágio prolongado em madeira. De cor rubi, com um nariz acetinado, exibe aromas a frutos silvestres vibrantes, envoltos em sugestões de violeta e nuances mentoladas. Na boca, é possível experienciar uma acidez convidativa, taninos sedosos e uma frescura sedutora. Ideal para acompanhar pratos fortes e de textura rica como carnes de cordeiro, cabrito ou javali assim como massas trufadas e queijos curados. O PVP é de €48.
Conde Vimioso Regional Tejo Reserva 2018
Conde Vimioso Regional Tejo Reserva 2018 De cor granada profunda, Conde Vimioso Regional Tejo Reserva 2018 revela mineralidade e aromas de ameixas, amoras pretas e especiarias. Na boca apresenta-se macio, com taninos robustos e complexos, que lhe conferem grande potencial de envelhecimento. Os frutos vermelhos fundem-se com a estrutura e a frescura, numa combinação de grande elegância que termina com persistentes notas de fruta preta. O néctar foi eleito Vinho do Ano no Grande Prémio Escolha da Imprensa 2022 organizado pela Grandes Escolhas. Com uma produção de 30 000 garrafas, o Conde Vimioso Regional Tejo Reserva 2018, da Falua, custa €14,99.
Taylor’s Very Very Old Tawny Port
Portos
Taylor’s Very Very Old Tawny Port “Provar o Very Very Old Tawny Port da Taylor’s é um privilégio raro. Extraído do tesouro de vinhos muito velhos que envelhecem silenciosamente nas caves Taylor’s, este vinho do Porto confirma o lugar da Taylor’s como líder na produção dos melhores vinhos do Porto muito velhos”, detalha Adrian Bridge, Director Geral da Taylor’s, sobre o último de uma série de edições limitadas de excepcionais e muito raros vinhos do Porto. Este vinho é um dos lotes mais antigos lançados até hoje. Elaborado a partir de uma selecção de vinhos raros envelhecidos nas caves Taylor’s, alguns dos quais desde antes da Segunda Guerra Mundial, que atingiram uma concentração que faz deles uma quintessência mágica. Deve ser servido após uma refeição e apreciado como uma sobremesa. No entanto, dada a sua incrível frescura, acidez pungente e concentração, também combinará muito bem com figos secos, amêndoas, leite creme ou morangos silvestres. O Taylor’s Very Very Old Tawny Port está apresentado num elegante decanter, numa luxuosa caixa de madeira. Foram produzidas 3 000 unidades com o pvp recomendado de €900.
Quinta da Côrte Vintage 2020
Quinta da Côrte Vintage 2020 Da propriedade localizada em Valença do Douro surge o “Quinta da Côrte Vintage 2020, uma raridade produzida num ano muito especial, e o Quinta da Côrte Tawny Colheita 2014, um vinho single quinta que chega agora ao mercado depois de muitos anos de trabalho de envelhecimento”, assinala Marta Casanova, diretora-geral da Quinta da Côrte desde 2013. Produzidos a partir de uvas das nossas vinhas velhas, lavradas e trabalhadas a cavalo, e que têm uma vinificação com pisa a pé. Com aromas intensos de groselha, amora, geleia de framboesa, cacau, tabaco, pimenta e cardamomo, o Quinta da Côrte Vintage 2020 - com uma produção muito limitada, entre 2300 e 3200 garrafas foi criado exclusivamente a partir de uvas da parcela mais antiga da Quinta da Côrte, com 110 anos de idade. Apresenta cores grená e reflexos retintos e teve uma vinificação em lagares com pisa a pé e estágio em tonéis de madeira. É generoso, aveludado e sensual no paladar, e tem notas de frutos silvestres maduros e especiarias com um fundo de vivacidade, um conjunto equilibrado e harmonioso. Custa €90. Já o Quinta da Côrte Tawny Colheita 2014, produzido através de uma mistura de castas das parcelas velhas de Quinta da Côrte para 1200 garrafas, apresenta uma cor aloirada e notas de frutos secos como amêndoa e avelã, evoluindo para notas de torrefação. Na boca, é complexo e tem uma boa acidez e estrutura, sendo longo e elegante. O PVP é de €45.
Real Companhia Velha Very Old Tawny 1927
Fabrice Demoulin
Real Companhia Velha Very Old Tawny 1927 Este vinho do Porto muito velho do espólio da Quinta das Carvalhas, que integra uma coleção especial para celebrar os 265 da empresa, juntamente com Portos de 1900 e de 1908, foi lançado numa embalagem com três garrafas de 200 ml, esta é uma edição limitada a 500 unidades. Proveniente de um ano considerado como um dos melhores do século, que deu origem a vinhos com cores profundas e de alta concentração. Na prova, combina idade, próxima de um século, e uma surpreendente frescura, num Porto que mostra tanto de vigor como de elegância. Dotado de um sofisticadíssimo bouquet, prima pela intensidade e pelo caráter, em perfeita harmonia com refinados aromas de madeira velha, notas de verniz e um revigorante vinagrinho, perfeitamente integrado. No paladar, revela-se imensamente rico e denso, com uma invulgar e jovial complexidade, que remete para a memória da verdadeira e incontornável natureza do terroir duriense. O PVP é de €2500.
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