Há um “novo ecossistema gastronómico” para descobrir em Lisboa
Na mais nobre das zonas da capital, entre o Tejo e o Terreiro do Paço, o restaurante Anfíbio promete, pela mão de Miguel Rocha Vieira, humor, ironia, música e uma esplanada de onde não apetece sair
Foi de forma discreta, sem grandes alaridos, que na manhã de segunda-feira, dia 24 de abril, Miguel Rocha Vieira acendeu os fogões e mandou abrir as portas do Anfíbio, o aguardado projeto do premiado chef em Lisboa. Depois das estrelas Michelin em Budapeste e do restaurante da Fortaleza do Guincho, em Cascais, era com grande expectativa que se aguardava o regresso do talentoso chef, que no regresso, leva à mesa humor, ironia, provocações e comida descomplicada, diferente da que lhe valeu o estrelato Michelin.
Anfíbio
O Anfíbio, um projeto do Arquiteto Carrilho da Graça, tem 130 lugares, cozinha aberta, visível até da rua, com a intenção de não só despertar a curiosidade de quem passa ao lado Estação Sul e Sueste, na renovada Doca da Marinha, como de fazer brilhar a equipa. É a última fase de um complexo que inclui três quiosques, batizados pelas obras do Artista Julião Sarmento. O Vermelho serve comida vegetariana e brunches, o Amarelo, petiscos portugueses e muita música, para partilhar, que será o último quiosque a fechar, e o Azul, onde a aposta é o marisco e o peixe fresco.
Anfíbio
Já no novíssimo Anfíbio, as propostas de Miguel Rocha Vieira passam por “O nosso jardim, à beira-rio plantado” (€16), legumes da horta crus, marinados e cozidos, “Como uma César, mas de lavagante” (€26) “Brás do mar” (€17), com camarão da costa e molho de crustáceos, “Beringela” (€12) assada no fogo, com iogurte, hortelã e os "naan" do Ahmed e “Cavala” (€12), escabeche como "lá em casa", pão alentejano molhadinho, na secção das entradas.
Anfíbio
As propostas de “Peixe” do Anfíbio passam por “Bochecha de atum” (€28), ao sal, cebolo, cebolas e chalotas, “Pescada de anzol” (€22), em papelote, funcho, cenouras e citrinos, “Cherne” (€32) assado com manteiga queimada, limão e alcaparras. Puré de couve-flor, e por “Pargo” (€29) ao vapor, espargos brancos, batatas novas e ervas do quintal. Na “Carne” há “Pato” (€28” que Rocha Vieira batizou de "bipolar", com nabos e nabiças, rábanos e rabanetes, “Vitela” (€26), um lombo grelhado, pastinaca, "nuggets" de moleja e café, “Costela de novilho” (€25), primeiro 20 horas a baixa temperatura, depois no barbecue, que acompanha legumes assados e batatinha frita, "Tomahawk de porco” (€22), em milanesa, salada de batatas e feijão-verde salteado.
Miguel Rocha Vieira
As sobremesas, são designadas “Porque o que é doce nunca amargou” e começam com “A afamada tarte de queijo” (€8), “Recuerdos de Cataluña” (€8), com chocolate, pão e azeite, “À volta das ilhas” (€8), onde aparece o ananás, maracujá, poncha e mel, o provocador “Um café e um pastel de nata, meio anfíbio” (€8) e o “Bora lá partir a pavlova, toda!” (€10), com dulce de leche, goiaba e amendoins.
O restaurante Anfíbio (Doca da Marinha, Avenida Infante Dom Henrique, Lisboa. Tel. 210529565) está aberto de segunda a domingo, das 12h00 às 15h00 e das 19h00 às 23h00.
Assine e junte-se ao novo fórum de comentários
Conheça a opinião de outros assinantes do Expresso e as respostas dos nossos jornalistas. Exclusivo para assinantes