Elegante, intemporal e envolvente a nova cozinha de Pedro Lemos no Douro nasce do fogo

Depois do restaurante pop up que ofereceu uma abordagem country chique à tradicional cozinha do Douro, a Casa dos Ecos, Pedro Lemos e a família Symington voltam a juntar-se para um projeto capaz de vincar a identidade de ambos e revelar o Douro.
Num antigo armazém de vinhos, transformado em sala ampla e envidraçada sobre o Douro, o mobiliário clássico desenhado à medida e feito em Portugal adota os tons da Quinta do Bomfim e da natureza circundante, enquanto a decoração abraça memórias da família que cultiva a propriedade há cinco gerações, desde que foi adquirida por Andrew James Symington em 1912, que a tornou casa de família. Resistem os tetos em madeira a remeter para as linhas tradicionais, a casar com a “essência da cozinha portuguesa”, descreve Pedro Lemos. Veja a fotogaleria:
Antes de se sentar à mesa, abrace a nova tradição de um cocktail servido no bar. Aprecie as muitas fotografias a preto e branco, retrato de outros tempos, encontros familiares e a rotina vinícola da quinta, além de objetos capazes de contar histórias, tal como acontece numa sala de jantar de uma casa de família.
Elegante e intemporal, acolhe mesas mais recatadas e privadas ou mais amplas, como a mesa da família, e no centro uma cozinha aberta, movida a lenha, na grelha, no fogão e no forno, domínio completo da equipa de Pedro Lemos. Muito diferente da Casa dos Ecos, onde se destacava a cozinha tradicional da região, que podia ser servida num dia de vindimas, para o Bomfim 1896 o chef portuense desenhou um menu requintado, como se fosse sempre hora de receber convidados especiais.
Nas carnes, há “Cordeiro de leite, bulgur, molho do assado” (€36), “Vaca, cebolas, rábano picante, alfaces grelhadas” (€34); “Pato, barrigoule, lentilhas, cogumelos” (€32) e “Novilho, puré de batata, legumes braseados” (€60, para 2 pessoas). O projeto integra ainda pratos vegetarianos: “Alcachofras violeta grelhadas” (€16); “Couve-flor, especiarias, potage” (€15), “Cenouras, leitelho, avelãs” (€18) e “Beringela, grão de bico, cominhos” (€18).
Ainda antes de ingressar na jornada dos principais, prove a “Enguia fumada, brioche, maçã, rabanetes” (€18), o “Pâté en croute, legumes avinagrados” (€18), as “Ostras, uvas, champagne” (€18) as “Vieiras, espargos, beurre blanc” (€23) ou o “Bife tártaro” (€18).
Reserve espaço para acompanhar a sobremesa com um inevitável vinho do Porto – ou não fosse esta a casa do Porto Dow’s desde 1896 - da extensa e profícua garrafeira, onde constam mais de 300 referências, com especial destaque para os vinhos de chancela Symington, principalmente do Douro as também do Alentejo.
Para harmonizar com vintage, LBV ou tawnys, escolha entre o “Mil folhas, creme fumado, caramelo salgado” (€12); o “Sundae, chocolate e Porto” (€12), a"Tartelete merengada, ruibarbo, citrinos" (€12), o “Ananás dos Açores, ras el hanout, coco” (€14); ou “Babá, rum, cerejas” (€16).
Para a primavera, assim que a escassez de recursos humanos na região o permita, está previsto que os dois espaços – Casa dos Ecos e Bonfim 1896 - com conceitos muito distintos, passem a funcionar em simultâneo.
Acompanhe o Boa Cama Boa Mesa no Facebook, no Instagram e no Twitter!
Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: amfonseca@impresa.pt
Assine e junte-se ao novo fórum de comentários
Conheça a opinião de outros assinantes do Expresso e as respostas dos nossos jornalistas. Exclusivo para assinantes