5 fevereiro 2010 11:59
Conrad Murray, o médico privado de Michael Jackson, já se encontra em Los Angeles e vai entregar-se hoje às autoridades, disse o advogado Ed Chernoff. Clique para visitar o dossiê Michael Jackson (1958-2009)
5 fevereiro 2010 11:59
Após meio ano de investigações mantidas em segredo a procuradoria da cidade parece estar pronta para dar início ao processo judicial. O médico Conrad Murray vai hoje entregar-se voluntariamente à polícia, disse o seu advogado Ed Chernoff. Assim que o médico se render, a polícia tratará logo de ir a tribunal formalizar a acusação daquele que, desde o início, tem sido considerado o único suspeito num caso que cativou multidões. Jackson morreu a 25 de Junho passado num momento em que se preparava para uma série de concertos em Londres que, supostamente, lhe iriam devolver o estrelato.
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Espera-se que, diante do juiz e agora que já são do conhecimento geral os hábitos farmacológicos do cantor, Conrad Murray se declare inocente.
Residente em Houston, no Texas, Murray era o médico residente de serviço quando o cantor entrou em coma respiratório após lhe ter sido administrada uma dose excessiva do anestético Propofol.
Murray quer evitar humilhação
Por vezes, a conselho dos advogados de defesa, um suspeito que esteja quase a ser inculpado formalmente tem vantagens em render-se, de maneira a que se evitem cenas de humilhação pública marcadas por um indivíduo de alto perfil a ser levado para a esquadra, e mais tarde à banca do juíz, com as mãos e os pés algemados.
A caução que geralmente é imposta em casos de homicídio involuntário ascende a uns meros 25 mil dólares.
Acredita-se que Conrad Murray, agora que contratou o advogado Michael Flanagan, um especialista em defender médicos cujos doentes morreram devido ao uso excessivo de Propofol, esteja a colocar todas as suas esperanças na discussão do caso em tribunal, quando ambos os lados puderem apresentar provas perante um painel de jurados.
O mesmo advogado de Britney
Flanagan tem muita experiência de situações mediaticamente escaldantes, dado ter defendido há pouco tempo a cantora Britney Spears numa situação de atropelamento com veículo motor e fuga subsequente. Outro advogado contratado por Conrad Murray é Joseph Low, conhecido por ter conseguido ilibar uma série de soldados americanos destacados para o Iraque e que que se viram acusados de tiroteios injustificados dos quais resultaram a morte de civis inocentes.
Entretanto, através de um advogado, a família Jackson reagiu já à possibilidade de Conrad Murray só vir a ser acusado de homicídio negligente, um crime que acarreta pena nunca excedendo os 4 anos de prisão maior.