Auto crítica

Toyota Verso-S: espaçoso e bem pensado

8 abril 2011 15:45

Rui Cardoso; rcardoso@expresso.impresa.pt

Desde o fim do Yaris Verso que a Toyota não tinha um mini-monovolume. Agora voltou a ter e custa pouco mais de € 20 mil

8 abril 2011 15:45

Rui Cardoso; rcardoso@expresso.impresa.pt

Os filósofos antigos perseguiam o mito da pedra filosofal. Os projetistas de automóveis fazem o mesmo com o "carro que, sendo pequeno por fora, é grande por dentro". Umas vezes acertam, outras não.

Com o Toyota Verso-S, já à venda entre nós, a parte do domínio do espaço interior foi claramente conseguida. A posição de condução é mais que satisfatória e os passageiros não têm de que se queixar.

A bagageira é maior que a de um utilitário e, como é a tradição da marca, os bancos traseiros são fáceis de rebater e de repor em posição.O desafio foi conseguir a habitabilidade de um carro de cinco metros de comprido com menos de quatro. E cuja estrutura foi muito aligeirada para poupar combustível, pesando em ordem de marcha pouco mais de uma tonelada.

As linhas exteriores dão nas vistas. Se são atrativas ou não, já é do domínio da subjetividade mas o design é, claramente, moderno e chama as atenções na rua. E há aquele enorme teto de abrir (1,26 m por 0,82) que torna o interior muito luminoso.

Embora exista uma motorização a gasolina que experimentámos em Toledo, por ocasião do lançamento europeu do Toyota Verso-S, claramente a mais interessante é a diesel, ainda que penalizada por um sobrecusto da ordem dos € 3.000. E, por isso, lhe dedicámos este espaço de teste.

A gasolina, o carro é mais barulhento, anda menos e, obviamente, gasta mais. A diesel, o motor de 1400 centímetros cúbicos, ainda que tenha menos cavalos (90 contra os 100 da versão a gasolina), debita muito mais binário a baixa rotação e, portanto, é mais agradável de conduzir. A Toyota aplicou aqui toda a experiência acumulada na redução das emissões poluentes, nomeadamente o sistema "Start and Stop" que permite poupar algum combustível na cidade.

A caixa de seis velocidades ajuda a tirar o melhor partido do motor, seja em percursos variados, seja em longas viagens em autoestrada (onde uma mudança final sobre-multiplicada poupa a mecânica e reduz o consumo).

Sem preocupações de bater recordes de economia e praticando uma condução descontraída chega-se facilmente a consumos da ordem dos seis litros aos cem. Com calma e habituação far-se-á menos um pouco, claro está.

O painel de bordo dá variada informação, nomeadamente gráficos de consumo que ajudam a fazer uma condução mais amiga do ambiente.

O comportamento em curva é bom, ainda que em mau piso o carro aparente algum saltitar menos agradável nas mudanças de direção.

O preço da versão diesel começa nos € 20130 (nível de equipamento Confort) mas por este preço não traz ar condicionado que terá de ser pago à parte e representará um sobrecusto da ordem dos € 1.000. A versão mais equipada (Exclusive), aquela que testámos, custa € 22.765.