Auto crítica

Toyota Hilux 4x2: Quem precisa da tração integral?

13 abril 2012 9:00

Rui Cardoso (www.expresso.pt)

13 abril 2012 9:00

Rui Cardoso (www.expresso.pt)

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A Toyota lança uma versão de lazer da sua popular "pick up" Hilux com 145 cavalos e tração traseira

Tudo se resume a € 9.800. É esta a diferença de preço entre uma Toyota Hilux Tracker com tração às duas (que até agora não existia no nosso mercado) ou com tração às quatro.

De resto, a "pick-up" é rigorosamente igual em tudo: dimensões, altura ao solo, suspensão, motor, equipamento, etc.Ou seja, por € 26.886 pode ter-se tudo menos a tração integral, ou seja, um veículo grande, fiável e potente, de cabina dupla, cujo único óbice é a taxação em Classe 2 nas autoestradas.

Poderá haver quem o compre só para andar no asfalto mas fora de estrada vai muito mais longe do que parece, até porque altura ao solo e cavalos não lhe faltam.Embora exista uma motorização turbodiesel de três litros e 174 cv, esta é muito penalizada pelos impostos. Por isso a aposta da marca é no motor, também turbodiesel, de 2,5 litros, agora redesenhado para debitar 145 cavalos e respeitar a norma antipoluição Euro V.Foi esta a versão que experimentámos, dentro e fora de estrada.

A conjugação de menos peso e menos atrito (não há diferencial dianteiro nem caixa de transferência) com um motor de última geração permite consumos muito interessantes. Experimentando alternativas aos pórticos de portagem da A23, entre Lisboa, Coruche, Castelo Branco e Abrantes, tivemos consumos da ordem dos oito litros aos cem e pode o leitor acreditar que, não tendo andado a fazer ralis, também não nos andámos a arrastar.

A posição de condução é, obviamente, a de um 4x4 mas a agilidade do motor, a eficácia da suspensão e o comportamento geral em estrada não desmerecem de um ligeiro de passageiros.

E fora de estrada?

A resposta geral é: faz mais do que parece. Com piso seco, mesmo em pistas muito degradadas ou pedregosas não há problemas. Lama e areia aguenta alguma, desde que o condutor tenha experiência de TT e saiba escolher caminho, evitando passagens trialeiras, cruzamentos de eixos e zonas muito extensas de piso mole. E, claro, não havendo redutoras, manda o bom senso evitar pendentes muito pronunciadas.

Na apresentação da "pick-up" na Herdade dos Grous, a sul de Beja, as versões 4x4 ficaram plantadas e a versão 4x2 não atascou porque quem guiava teve o bom senso de passar dez metros ao lado de um lamaçal com mau aspeto, enquanto os outros condutores pecaram por excesso de confiança.

Dito isto, há que evitar armadilhas que nos podem fazer cair em situações humilhantes por causa da falta de tração: calçadas muito molhadas na cidade, desníveis que façam levantar uma das rodas traseiras ou estacionamento em locais com areia solta ou lama.

Na versão ensaiada, que custava mais € 800 e incluía o sistema multimédia Toyota Touch (ecrã tátil), havia um extra precioso: uma câmara de marcha-atrás que elimina o tormento do ângulo morto traseiro nas manobras e estacionamentos.

E em versão 4x4?

A má notícia é que custa € 36.650 (ou mais se tiver sistema multimédia Toyota Touch and Go). A boa é que, guiando com jeito, faz consumos surpreendentes no asfalto: no regresso da extensão do Rali de Portugal a Fafe chegámos a fazer 6 litros aos cem de média na EN1, num domingo de manhã.

Claro que a versão 4x2 em igualdade de circunstâncias seria sempre mais económica: menos um litro ou litro e meio aos cem.