3 fevereiro 2011 11:23
A Jeep lançou uma nova versão do TT puro e duro Wrangler, agora com um motor turbodiesel de 200 cavalos. Os preços não se afastam muito dos da versão anterior
3 fevereiro 2011 11:23
Numa altura em que a moda é transformar os veículos TT em SUV e os SUV em automóveis, há exceções a registar. Uma destas é o Wrangler, herdeiro do jeep com que os norte-americanos ganharam a II Guerra Mundial.
Volta em versão 2011, não muto diferente das carroçarias que já lhe conhecíamos: em duas portas, como veículo comercial, ou seja com a "grade", e em quatro portas como "pick-up" de cabina dupla com "hard top" de lona ou de fibra. Quanto a preços, a partir de € 29.259 (duas portas) ou € 36.950 (quatro portas).
Onde está toda a diferença é no motor: continua a diesel mas subiu a potência para 200 cavalos e o binário para 410 Nm. O lado ecológico é assegurado pela gestão eletrónica melhorada e pela adição de um sistema de "start and stop" (desligável em TT, como convém). A caixa é de seis velocidades o que também ajuda a moderar consumos no asfalto.
Num primeiro e muito breve contacto com o carro (neste caso com a versão de duas portas e caixa manual) levado a cabo entre Alcácer do Sal e a Comporta, ressaltaram duas ou três ideias, a desenvolver num teste mais prolongado.
Em asfalto o trem dianteiro pareceu relativamente impreciso, reagindo muito às irregularidades do pavimento, mesmo em autoestrada. Já fora de estrada, em pisos com algum barro e água cumpriu sem dificuldade, até porque o trajeto escolhido para a apresentação à imprensa não era propriamente uma missão impossível.
Onde o Jeep Wrangler 2.8 CRD verdadeiramente impressionou foi na Herdade da Comporta. Aí mesmo, leitor. No traçado da etapa de 2007 do Dakar, cheio de areia mole trilhada e de sobe-e-desce.
Há quatro anos tinha passado na véspera da prova com o meu velhinho Range Rover TDI que, sem vazar pneus, nem meter redutoras, cumprira com honra e pundonor o trajeto, ainda que à base de muita primeira e muita segunda. Na altura telefonara aos meus amigos do TT com quem tinha combinado ir ver a prova e dissera-lhes: "amanhã, quem tiver menos de 180 cavalos, está feito"
Agora, equipado com 200 cavalos, foi um festival. Uma vez apanhado o jeito na primeira subida, o Wrangler devorou todo o troço, sem baixar pneus nem meter redutoras. Nunca passou da terceira mas foi um regalo. Foi muita camioneta para a minha areia...