11 abril 2012 9:00
11 abril 2012 9:00










É um dos grandes emblemas da Honda. O Civic foi redesenhado, remotorizado e já aí anda.
Aqui está uma história que começou em 1972 e não parece ter fim à vista.
Alguns recordar-se-ão de que os primeiros Honda Civic começaram a circular entre nós por alturas do 25 de Abril. Dessa primeira geração, de linhas muito direitas, já poucos exemplares andarão por aí mas seguiram-se-lhe mais sete, a últimas das quais em 2006.
Agora a Honda já pôs à venda entre nós a nona geração e as alterações não foram de mera cosmética: carroçaria, motor, transmissão, tudo mudou. O novo carro é mais baixo, mais largo e mais comprido.
No interior houve uma coisa que não mudou: o sistema genial de rebatimento de bancos e criação de uma superfície plana de carga (quem tem expressão máxima noutro modelo da marca, o versátil Jazz).Passou a haver na traseira uma espécie de "aileron" com luzes de presença, semelhante ao do modelo híbrido Insight que terá os seus entusiastas e detratores mas não beneficia grandemente a visibilidade traseira...
Sinal dos tempos, a componente ecológica está em pleno. A aerodinâmica foi melhorada (pretende fazer baixar o consumo em 10%). Introduziu-se um sistema de Auto Stop (paragem e arranque automático do motor no trânsito citadino). E, aos modelos híbridos, foram-se buscar sistemas de informação para auxiliar uma condução mais ecológica.
O modelo que foi testado tem um motor de 1400 cm3 a gasolina com 100 cavalos e caixa manual de seis velocidades.Uma viagem tranquila até Portalegre permitiu pôr em evidência o melhor e o pior deste novo Honda.
No prato bom da balança, o fator consumo. É certo que não havia pressa e a estrada entre Ponte de Sor e Portalegre tem um belíssimo traçado e pouco trânsito. Mas é de registar que um carro a gasolina faça 6,4 l/100 km sem se andar, nem a arrastar, nem a fazer ralis. Os indicadores de consumo instantâneo e médio ajudam o condutor a dosear a aceleração ideal.
Em contrapartida o modo dito "Eco" prende muito o carro relativamente ao modo normal, só se revelando interessante na cidade. E mesmo aí...
Do lado menos bom, o andamento. Acredito que os 100 cavalos estejam lá mas são francamente discretos... Um pouco mais de resposta do motor tornaria este carro, que é equilibrado, bem construído e bom de conduzir, numa proposta mais apaixonante.
É certo que a marca propõe um motor a gasolina mais musculado (1,8 litros e 140 cavalos) e, novidade nesta gama, um motor a diesel com 2,2 litros de cilindrada, capaz de debitar 150 cavalos e, sobretudo, o dobro do binário.O problema é que o preço ressente-se fortemente: passa-se da fasquia dos € 20 mil para quase 30 mil e os tempos não vão para grandes extravagâncias.
A boa notícia é que a Honda anuncia para daqui a um ano a entrada em cena de um novo motor a gasóleo, já com uma cilindrada mais baixa (1.6 litros) e, portanto, indiciadora de preços mais simpáticos.