26 janeiro 2013 10:59
26 janeiro 2013 10:59
Até aos 25 anos a vida passa bem. O mundo está inteiro pela frente, há um milhão de coisas para experimentar, qualquer decisão mais acertada é logo vista como uma enorme maturidade e se as coisas não resultarem com o suposto tal, paciência, volta-se ao início.
É óbvio que a vida não pára nos anos seguintes, mas passa mais a correr. Muito mais. E aquele universo inteiro por explorar vai dando lugar a amores e decisões difícieis.
Depois chegam os 29, uma não idade que se transforma em 'tenho quase 30 anos'. Com eles há balanços inevitáveis a fazer. Já encontrei o tal? Já tenho filhos? Faço aquilo que gosto? Já moro sozinha? As respostas levam, inevitavelmente, a comparações com a vida das amigas. Principalmente, das que casaram e são felizes, das que têm filhos ou estão tão realizadas no trabalho como na vida pessoal.
Faço 30 anos em setembro. Moro sozinha, adoro o meu trabalho, não podia pedir amigos e família melhores, tenho uma vida sempre cheia de coisas boas, já conto com 29 países visitados, a maioria mais do que uma vez. Para este ano há mil e um planos em cima da mesa: desde teses a viagens e projetos de voluntariado.
Só que por mais que minha vida seja preenchida há sempre uma lacuna emocional por preencher. Se até agora não me incomodou, a verdade é que a certeza interior de que um dia ia encontrar o tal vai desaparecendo. Aqui, só há três hipóteses: desistir e deixar a vida seguir; ficar obcecada com o assunto e procurar intensamente alguém; continuar a viver a vida da mesma maneira, aceitando o que ela nos dá, mesmo que isso signifique ficar solteira para sempre. Eu escolho a última, afinal quem tem amigos nunca estará só.

Editora: Plátano (coleção Livros de Seda)
Preço: 11,80€ em loja, 10,62€ se for adquirido via site da Editora Plátano
Páginas: 158
ISBN: 9789727708598
Saiba mais sobre o livro:
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