30 janeiro 2013 8:00
30 janeiro 2013 8:00

Chama-se Georg e tem 56 anos, mas não, não é o Clooney. Embora a alcunha de "George Clooney do Vaticano" já tenha posto muita gente a suspirar. Ora de calor - ou calores, depende do ponto de vista - ora de exasperação, uma vez que não era suposto este senhor ser conhecido por tais motivos. Entre muito do mundo dos saltos altos (e alguns rasos também, é certo), tem-se dito que ele é um pecado de padre. Mas há também quem diga que o pecado é mesmo ele ter optado pela batina.
"Ser bonito não é pecado". Ou é?
Georg Gaenswein, secretário pessoal de Ratzinger desde 2003, quando este ainda não era o Papa Bento XVI, é o fruto proibido mais apetecido do momento. E pela quantidade de cartas apaixonadas que Georg vai recebendo no Vaticano, pode-se concluir que o que não falta são devotas dispostas a encarnar a tal Eva da Bíblia, que não resiste a dar uma trinca na maçã. E digamos que este senhor é uma maçã digna de se ver.
Tão digna que, para mal dos pecados da reputação que o Vaticano quer manter, a "Vanity Fair" italiana fez capa com ele. E a manchete foi, no mínimo, sugestiva: "Ser bonito não é pecado". Eu cá só junto uma palavra a este título: Ámen! Mas num comentário ao texto da revista italiana, que foi publicado sem a sua autorização, Georg Gaenswein limitou-se a dizer: "Sempre fingi não perceber [os elogios], mas com o tempo fui-me habituando". Ainda de acordo com o artigo, o arcebispo alemão está prestes a tornar-se numa das figuras mais influentes da Igreja, embora esteja condenado a "aparecer cada vez menos". Para que o seu porte elegante não crie pensamentos pecaminosos em massa, digo eu.
Como já é conhecido por estas bandas, não sou uma mulher lá muito religiosa (com todo o respeito por quem é, entendam), mas até perceberia se a crise de fé que a Igreja enfrenta de repente tivesse um volte face. A verdade é que se Georg chegasse a Papa, não havia praça de São Pedro que chegasse para as romarias de gente para o ver lá na janelinha. E eu já não seria das poucas pessoas a debater-me com antiga questão que já aqui fez correr muita tinta: Afinal, fantasiar com um padre é pecado?
Veja um vídeo sobre a vida de Georg Gaenswein (em inglês)
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Saiba mais sobre o livro:
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