18 janeiro 2011 12:30

As mulheres na F1 estão longe de ser apenas as modelos da entrega de prémios
Quando se fala em mulheres na Fórmula 1, é comum pensar apenas nas "loiraças" vestidas de Marlboro que aparecem no final na entrega de prémios. É comum e injusto. É que já houve outras mulheres na F1: as mulheres piloto, que vale a pena recordar.
18 janeiro 2011 12:30

Num dos seus mais recentes posts, Tiago Crispim, apaixonado por Fórmula 1 e autor de um blogue sobre a modalidade (ver link na caixa no final do texto), abordou exlusivamente o sexo feminino nas pistas de corrida, ou seja: As mulheres que conduziram um monolugar de F1.
Foi exactamente por sentir que na maioria das vezes que se fala em mulheres na Fórmula 1 só se pensa nas modelos que entregam as taças aos vencedores, que decidi abordar o assunto das piloto e dedicar este post às mulheres cujas cabeças já estiveram dentro de um capacete de F1.

Maria Teresa de Filippis foi a 1ª mulher a correr na F1
Maria Teresa de Filippis foi a primeira mulher a estrear-se na F1, ao volante de um Maserati em 1958.
Esta piloto, de nacionalidade italiana, começou a correr na Fiat 50 aos 22 anos e venceu!
Como sendo a primeira mulher piloto de Fórmula 1, teve de enfrentar alguns problemas, nomeadamente de ter sido impedida de participar no grande prémio de França.
Tiago Crispim avança no seu blogue que o director da prova disse que "o único capacete que uma mulher deve usar é o do cabeleireiro". Mesmo assim a piloto Maria Teresa Fillippis não se deixou vencer por isso, alegando que estava mesmo assim surpreendida pelo seu sucesso.
"Em 1958, com um dedo do piloto Luigi Musso, Maria Teresa de Filippis foi contratada como piloto oficial da Maserati."

Lella Lombardi, italiana e foi a segunda a apostar na carreira da F1
Lella Lombardi, de nacionalidade italiana, foi a segunda mulher a ser reconhecida como a oficial mulher a pilotar um monolugar de Fórmula 1.
Começou por ser a co-piloto de um piloto de rally, mas rapidamente passou para o lugar oficial de piloto e ganhou a primeira prova, sendo que por isso lhe deram a oportunidade de pilotar um Alfa-Romeu no campeonato italiano de turismo.
Com alguns prémios vencidos pelo meio, passou a ser piloto da fórmula 5000 em 1974, onde pilotou um velho Brabham.
Mas foi no ano seguinte com o conhecimento de Vittorio Zanon, que pagou a sua entrada na categoria de rainha do desporto motorizado.

Divina Galica
Divina Galica, de nacionalidade inglesa, apesar de ter iniciado a sua primeira competição nos jogos olímpicos de 1964 na modalidade de ski olímpico, alcançando por duas vezes a terceira posição na taça do mundo, apaixona-se pelo volante de um monolugar numa corrida especial para celebridades, na qual participou.
Foi precisamente nessa corrida, ao volante de um Ford Escort , que conquistou o 2º lugar no circuito de Oulton Park.
Desde dessa altura nunca mais parou. Em 1976 a piloto passou a correr na categoria de campeonato britânico de Fórmula 1 e posteriormente no grande prémio de Inglaterra, sem se conseguir classificar.
No entanto, Galica e Lomabardi eram as únicas mulheres inscritas nessa corrida.

Desiré Wilson, filha de Charlie Randall, campeão de motociclismo na África do Sul
Desiré Wilson, sul-africana, chegou à F1 em 1980. Wilson iniciou a sua carreira logo aos 18 anos de idade. Nessa altura ela corria na FF2000 E Sports 2000 quando foi convidada a testar um monolugar de F1 durante os testes de pneus para o grande prémio de Inglaterra em 1978.
Tiago Crispim conta ainda no seu blogue que "foi na Aurora F1 Series que Desiré Wilson se tornou a única mulher a vencer uma corrida onde carros de F1 estavam presentes, no circuito inglês de Brands Hatch. Por causa disso tem uma bancada com o seu nome nessa pista..."

Clique no link para ler mais sobre este e outros temas do mundo da Fórmula 1 no blogue alimentado por Tiago Crispim : Volta Mais Rápida
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