24 dezembro 2013 1:17
24 dezembro 2013 1:17
Depois de desejar o autoconhecimento, oportunidades, motivação e progresso, deixo aqui o meu último pedido de Natal, para mim e para todos: humanidade. Apesar de este ser o último desejo de Natal, talvez seja o mais importante de todos, porque, sem este como base, todos os outros podem existir sem que se construa algo de bom. Para além disto, quando atualmente somos tratados e usados como números, a humanidade será certamente aquilo que todos precisamos de beber diariamente. Aqueles que nos governam que não se enganem. Também não passam de números e são usados como tal por outros. A única diferença é terem o poder, mesmo que parcial, de implantarem mais humanidade, pelo menos numa escala maior, e só assim não serão mais um número dentro do seu conjunto.
Cada um de nós tem as suas queixas, uns mais do que outros, mas a verdade é que neste pedaço de terra chamado Portugal, somos pessoas com sorte. Tivemos a sorte de termos nascido aqui, ao contrário de outros que nasceram no inferno repleto de mortes absurdas e de terror diário. Ainda há muito para se fazer. O mundo anda a ser construído exatamente ao contrário: são as pessoas que servem este sistema que nos degluta velozmente em vez de se trabalhar em prol da humanidade. Muito já se construiu ao longo dos séculos e também é verdade que é difícil conseguir o equilíbrio, mas a maior conquista que se fará na humanidade, mesmo que lentamente, será a extinção da pobreza, ou dito por outras palavras, a criação da riqueza para todos.
Por vezes, parece que somos nós, estranhamente, a desviarmo-nos da humanidade, quando fazemos parte dela a vivemos da mesma, ao criticarmos os outros com uma ignorância que não vemos, ao sermos absolutamente intransigentes ou cruelmente egoístas. Claro que tudo isto faz parte do ser humano, mas conseguimos encontrar a humanidade que existe naturalmente dentro de nós, colocando-nos no coração do outro, mesmo não aceitando aquilo que o outro sente, mas, pelo menos, tentamos compreender. Ser humano é isto, termos a capacidade ou a vontade de desviarmos o nosso olhar para outras retinas e, só assim, compreendemos a nossa verdadeira missão na vida, sermos humanos uns com os outros.
Feliz Natal!