30 outubro 2013 10:19
30 outubro 2013 10:19
Pela primeira vez em várias décadas de futebol português e à vista de todos, uma subcultura associada ao futebol com os seus primórdios para os lados das terras de sua Majestade, ou não derivasse daí o hooliganismo, decidiu dar um ar (desgraçado) da sua graça. Escrevo-vos sobre os "Casuals", grupo que viu a sua origem nos finais de '70 e meados dos anos 80 post-punk.
Existem vários livros que retratam a história e motivo de viver deste grupo (caso de "Hit and Tell: a review essay on the soccer hooligan memoir" de Steve Redhead). Mas isso não releva. Enfim, é mau demais chegar à conclusão que a caracterização de uma associação deste género resume-se a usar indumentária dispendiosa e a querer bater nos outros.
Como se não fosse suficiente a violência dentros dos estádios, nociva para qualquer adepto apreciador de futebol que se preze e respetivas famílias, somos agora bombardeados com vídeos de indivíduos que, ainda por cima, nem sequer conseguiram fazer jus aos próprios princípios da sua cultura dado que levaram mais do que deram.
Esqueça-se a justiça desportiva, abertura de inquéritos e tentativas de conexão com os clubes que jogaram entre si. Preocupem-se (o Ministério Público com a ajuda das entidades desportivas) em julgar e avaliar se há direito a prisão até 3 anos (ou pena de multa) nos termos do artigo 30.º da Lei 39/2009 para quem decidiu participar numa rixa entre duas ou mais pessoas e da qual resultou o risco de ofensa à integridade física ou perigo para terceiros.