3 abril 2009 11:33
3 abril 2009 11:33
Quando li a notícia na capa do jornal oficial do Benfica, 'A Bola', pensei ser a tradicional mentira do dia 1 de Abril: Lisandro castigado pela Liga com um jogo de suspensão por ter simulado um penalty à 17ª jornada contra, surpresa!, o Benfica, num jogo que terminou empatado 1-1.
No dia seguinte, contudo, a minha alma ficou parva: era mesmo verdade. A Liga tinha decidido castigar Lisandro, avançado do FC Porto, por ter enganado o árbitro, Pedro Proença, que se encontrava em cima do lance, a menos de dois metros, e assinalou a respectiva penalidade.
É nestas alturas que nos vem à memória a célebre frase de um alto dirigente benfiquista, segundo a qual o controlo da Liga e da arbitragem é mais importante para a conquista de um campeonato do que ter a melhor equipa...
Como está bem de ver, este caminho é demasiado perigoso. Porque se Lisandro é castigado, então os sportinguistas têm todo o direito de exigir que também Di Maria seja castigado. Foi ele, num lance que o árbitro não podia ver, que ao levantar os braços, induziu Lucílio Baptista a ter a percepção de que Pedro Silva devia ter metido mão à bola, assinalando assim a respectiva grande penalidade na final da Taça da Liga.
Por isso, a pergunta é: então o Lisandro é castigado por um lançe que o árbitro viu perfeitamente e entendeu marcar. E O Di Maria que induziu o árbitro a marcar um penalty falso como Judas contra o Sporting não é castigado?
Além do mais, este castigo é altamente suspeito quando estamos na recta final do campeonato e o FC Porto tem uma difícil deslocação a Guimarães.
Eu quero que o Sporting seja campeão mas não de qualquer maneira. Quero ver os jogadores leoninos ganharem dentro de campo - e não a qualquer preço.
Por isso, parece evidente que os árbitros, que levaram o Benfica ao colo na Taça da Liga, até conseguirem colocar o troféu na vitrina da Luz, estão agora a esforçar-se imenso, com a conivência da Liga, para que o Benfica chegue ao final do campeonato em primeiro lugar.
Convenhamos que é de mais e há limites para a falta de vergonha!