21 junho 2011 13:00
21 junho 2011 13:00
Sem pretender demonstrar o papel que ao longo da história a Igreja tem inegavelmente desempenhado na Educação, apenas quero aqui deixar o meu testemunho, acreditando que ele pode ser útil para outros. Sou hoje cristão por convicção profunda e vejo na Igreja uma força adicional para acreditar num futuro que se afigura cheio de incertezas.
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A Igreja é uma instituição cheia de defeitos, com milhares de coisas que se podiam aperfeiçoar, e é feita de seres humanos cheios de falhas, que erram e pecam, muitas vezes atentando a própria moral cristã, mas essa é também a sua grande força: a Igreja é feita de homens. Homens que defendem um projeto de vida que não está assente na imoralidade, na mentira ou em qualquer valor que não seja puro e verdadeiro. A Igreja defende os valores da Justiça, da Verdade, da Solidariedade, da Honra e da Liberdade. Não defende o seu contrário. Daí estar vocacionada para desempenhar um papel ativo na formação dos jovens. Porque é um contrapeso ao imediatismo e falta de regras morais que imperam na sociedade. Porque aponta um caminho mais puro, mais difícil de trilhar, por vezes cheio de obstáculos, mas por isso mesmo um caminho que isenta a consciência de qualquer remorso e ressentimento e nos faz felizes.
Ir à missa faz bem! Porque lá ninguém prega a mentira como forma de vida ou a desonra como prática de compromisso. Na Igreja prega-se o contrário. Fui a muitas Igrejas, a muitas missas, ouvi falar muitos padres e nunca ouvi da boca de nenhum deles que devíamos mentir, roubar ou matar. Antes pelo contrário. Se continuarmos a pensar que só os conselhos daqueles que têm um cadastro moral imaculado são legítimos, então, não ouviremos nunca conselhos de ninguém, porque somos todos homens, todos temos falhas. O que nos define não são as nossas falhas, é a nossa capacidade de as assumirmos perante nós próprios, procurando corrigi-las e seguir em frente, sempre em busca de sermos melhores. Foi isso que eu vi, aprendi, vejo e aprendo, na Igreja.
P.S. Os tempos que se avizinham não vão ser fáceis. O meu conselho (e eu sou alguém com tantas falhas como cada um dos que lê o que eu escrevo) é que deitemos mãos ao trabalho, trabalhemos ao máximo as nossas capacidades e peçamos a ajuda de Deus para que o país e todos nós ultrapassemos as dificuldades que se avizinham. Mas que as vivamos para não as esquecer!