17 maio 2009 9:00
17 maio 2009 9:00
Aníbal Cavaco Silva, o ex-ministro das Finanças de Sá Carneiro, foi eleito novo presidente do PSD por uma unha negra, numa votação renhida que terminou com a derrota do seu adversário principal, João Salgueiro, por uns tangenciais 57 votos de diferença.
Motivado pela demissão de Mota Pinto - e seu falecimento dez dias antes do conclave -, os trabalhos do XII Congresso do PSD, marcado para a Figueira da Foz, não faziam antever que o rumo dos resultados fosse surpreendentemente diferente, dada a 'previsível' eleição de João Salgueiro.
Cavaco Silva, até ali um crítico do rumo que seguia o partido, deslocou-se ao congresso com duas finalidades aparentemente pouco importantes: por um lado, dizer o que pensava do PSD; por outro, fazer a rodagem ao seu novo Citroën, sendo que até tinha intenção de regressar no próprio dia 18, sábado.
Contudo, os aplausos que recebeu na sua intervenção estragaram-lhe o regresso antecipado, levando a que de imediato os estrategas Fernando Nogueira, Eurico de Melo, Manuel Dias Loureiro e outros se movimentassem nos bastidores afim de garantir apoios para a eleição de Cavaco.
Era o renascer do PSD e, daí a dias, o fim do governo do Bloco Central.
