É preciso topete

Durão Barroso e Ronaldo: assinale as diferenças

18 setembro 2013 8:00

Paulo Gaião

18 setembro 2013 8:00

Paulo Gaião

Imaginemos que a declaração de Vale de Almeida  tem quilate para  ser rebatida.

Durão é o nosso Ronaldo?

A afirmação cai logo pela base nos requisitos base.

Ronaldo dá vitórias às equipas em que joga, seja em clubes, seja na selecção portuguesa.

Ora Durão Barroso joga sempre para si próprio.

Nem marca golos por Portugal nem pela Europa.

Em 2004, deixou o próprio PSD de cara à banda (Cavaco até ficou branco) quando fugiu de primeiro-ministro para Bruxelas.

Em 2007, brilhou com o  Tratado de Lisboa, o do porreiro pá com Sócrates, para  recondução em Bruxelas. Para Portugal nada houve de positivo. Quatro anos depois estava a sofrer o seu  pior resgate dos últimos cem anos.  

A partir de 2009, Durão ficou a cumprir ordens estritas de Merkel e Sarkozy.

Deixou que a Comissão Europeia se anulasse mais  ainda.

Nos últimos dois anos, começou a pensar no seu próximo cargo.

Quer dar a aparência que ajuda ao seu país  no que se refere às condições mais vantajosas do empréstimo internacional, mas nada depende de Durão Barroso.

Em Junho passado, por causa do acordo de livre comércio da Europa com os EUA e da questão da excepção cultural europeia no audiovisual, os franceses é que lhe descobriram o jogo.   

Num editorial do "Le Monde" chamaram-lhe camaleão, mudando de cor para agradar aos EUA e tentar agarrar um lugar na ONU ou na NATO. Se não for em Portugal, em Belém.  Depende do azimute do cherne (contra todos os riscos) e   do que o plâncton  norte -americano, britânico e teutónico julgar mais conveniente.

A ministra francesa Nicole  Briq  disse que Durão  "nunca fez nada na Comissão Europeia"

 O ministro francês Arnaud Montebourg chamou-lhe  "o combustível da Frente Nacional"

A ex-ministra Rachida Dati, actual deputada europeia pelo PPE, acusou-o de não ter coragem e de se "curvar" perante os EUA.