4 outubro 2010 8:00
Gostava de ver Governo e líderes da oposição na próxima edição do Bigbrother. Ia ser engraçado ver como geriam o orçamento da casa e perceber porque não se entendem quanto ao Orçamento do Estado.
4 outubro 2010 8:00
A semana passada sugeri trocar este Governo pelos mineiros chilenos e a solução foi bem acolhida. Levanta-se, contudo, um problema: controlá-los à distância. Temo que mesmo a milhares de quilómetros e a 700 metros de profundidade não seria difícil a este grupo de pessoas agravarem com alguma facilidade a situação do país. Por isso parece-me uma boa solução alternativa confiná-los a uma casa na Venda do Pinheiro. Sempre fica mais barato do que transportá-los em comitiva para o Chile, com todos os encargos que daí advêm.
Obviamente que enviar só o Governo lá para dentro não teria piada. Sem adversários políticos o "orçamento da semana" para os gastos correntes da casa ia durar dois dias. Para tentar refrear impulsos e impedir que ao terceiro dia a Mota Engil estivesse a construir uma circular no quintal e um novo aeroporto no parque de estacionamento, não seria mal pensado enviar também para o interior da casa os líderes dos partidos políticos da oposição. Até porque está visto que cá fora não fazem grande coisa. Ninguém pode honestamente dizer que daria pela falta.
Ficam já algumas sugestões: pôr Pedro Passos Coelho no mesmo beliche de José Sócrates, Jerónimo de Sousa e Paulo Portas de boina na cabeça a regarem a horta da casa e finalmente Francisco Louçã e Augusto Santos Silva a cuidar do físico dos participantes, com sessões diárias de ginástica, massagens e saunas.
Ia ser engraçado ver como dividiam 200 ou 300€ semanais entre bolas de queijo, TGV´s, fiambre da pá e douradinhos. Ver a Júlia Pinheiro a fazer de pau de cabeleira na relação do primeiro-ministro com o líder do maior partido da oposição ia ser igualmente interessante. É que a Júlia Pinheiro é uma espécie de Fátima Campos Ferreira dos programas das relações humanas. Mas com um timbre de voz capaz de ressuscitar líderes históricos.
Parece que estou a ouvi-la para José e Pedro, juntos no confessionário: "vá lá meninos sejam amiguinhos e nada de meterem açúcar na cama um do outro durante a noite, ou ainda chamo o professor Aníbal à Venda do Pinheiro para vos tratar da saúde..."
Enfim, sempre era uma forma original de os controlarmos 24 horas por dia, 7 dias por semana. Está visto que a relação normal entre eleitor/cidadão comum e classe política não tem dado grande resultado. E sempre com prejuízo para o mesmo lado.