O País dos Prodígios

O Casino e o Parque Mayer

18 fevereiro 2008 17:41

18 fevereiro 2008 17:41

Recordemos - porque recordar é um exercício sempre interessante - que a história de um casino em Lisboa começou como uma ideia salvadora do Parque Mayer. Que aquilo estava ao abandono e que um casino reavivaria o pitoresco local lisboeta. Que Frank Ghery, o grande arquitecto norte-americano, faria o projecto que, por fim, iria devolver aos lisboetas e a todos nós que pela cidade nos movimentamos, o espaço que fora outrora o da nossa pequena Broadway.

Santana, que apresentou estas ideias como programa de campanha, não as conseguiu levar adiante. Houve complicações e, entre elas, um veto presidencial de Jorge Sampaio.

Mas a ideia do casino medrou. Foi andando de local em local - esteve para ser no Cais do Sodré, depois no Jardim do Tabaco e, nesta caminhada para Oriente, acabou na Parque Expo onde fora o Pavilhão do Futuro.

Da pequena sala de jogos, extensão do Casino Estoril, transformou-se no que é hoje.

Mas o Parque Mayer, à custa do qual se montou toda a operação, esses, meus caros amigos, está exactamente na mesma.

Ou pior, se tivermos em conta a acção do tempo.

Ora aqui está como se faz política e como se fazem negócios nesta terra. Visto com esta simplicidade, até parece mentira.