24 agosto 2009 12:58
O Programa Ambiental da ONU estima que todos os anos se geram 20 a 50 milhões de toneladas de lixo electrónico, sendo que 70% desses produtos acabam em países subdesenvolvidos, como o Gana.
24 agosto 2009 12:58










Uma visita a Agbogbloshie, bairro periférico da cidade de Accra, comprova estes dados, como mostram as fotografias. Milhares de pessoas vivem numa lixeira a céu aberto, onde o material electrónico - geralmente, obsoleto e inútil - se amontoa e se apresenta como o ganha-pão de muitos habitantes da região. Crianças, adolescentes e jovens adultos preferem dedicar-se à recolha desse material a ir à escola. Queimam-no, desfazendo-se do plástico e recolhendo os fios de metal, que vendem por meia dúzia de tostões a empresas que os reciclam e aproveitam para fabricar outros produtos (brincos, colares, etc.). Toda esta actividade é levada a cabo sem recurso a qualquer tipo de protecção, colocando a saúde destes jovens em risco, que se expõem continuadamente a materiais tóxicos libertados pela queima, tais como chumbo e mercúrio.
Além disso, Agbogbloshie é um dos principais mercados abastecedores da cidade de Accra, sendo que os produtos alimentares são vendidos a poucas dezenas de metros do local onde o material electrónico é queimado.