7 dezembro 2007 15:02
7 dezembro 2007 15:02
Porque uma pessoa escolhe a profissão de jornalista? No meu caso, a resposta é simples: porque gosto. Gosto de falar com as pessoas, de descobrir novas formas de vida, de deslindar mistérios, de revelar informações úteis, de contar estórias. De estar perto do acontecimento, enquanto este ainda é um processo.
Parece uma interpretação ingénua e talvez seja. Mas é genuína. É só isso. Mesmo. Pára aqui. Trata-se de uma profissão muito séria. Há normas e critérios que não devem ser esquecidos. Há uma dedicação quotidiana, uma missão, um credo a rezar cada vez que o dedo bate no teclado.
Ser jornalista, para mim, não é um estágio para directora de comunicação de uma empresa ou instituição pública qualquer. Não é passagem, é fim. É crença. É vício.
Fico triste quando vejo jornalistas a desistirem de uma missão e, com enorme leveza, mudarem de rumo de vida como quem muda de roupa. Fico decepcionada quando vejo as empresas a seduzirem profissionais do jornalismo para transformarem-se em gestores de marca. São objectivos completamente distintos.
A Sonae contratou o director do "Diário Económico" para aconselhar Paulo Azevedo e a sua comissão executiva. A Sonae está a mudar, provavelmente com a bênção de Belmiro de Azevedo, mas, confesso, fica no ar uma espécie de perfume de que, se não podes com eles, trá-los para dentro de casa.
A OPA sobre a PT ainda não revelou todas as suas marcas. Esta é mais uma, virão outras. Espero estar aqui para contá-las. Segunda-feira (dia 10), vamos falar de jornalismo económico na Livraria Almedina, no Atrium Saldanha em Lisboa. Quem vier por bem, está convidado.
Christiana, jornalista