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Marisa Liz: “Conheço-me em Amor Electro, mas agora estou sozinha. Quem sou no meio disto tudo?”

Depois de largos anos como vocalista de bandas, Marisa Liz estreia-se em nome próprio com o álbum “Girassóis e Tempestades”. Em entrevista à BLITZ, a artista fala sobre a honra de gravar uma canção escrita por António Variações, o dueto com a filha Beatriz e o trabalho que desenvolveu, em estúdio, com Moullinex. “Com a voz da Marisa como fio condutor, é muito fácil ser eclético”, elogia o músico e produtor

Passaram-se menos de dois anos desde que os elementos dos Amor Electro, banda que Marisa Liz liderava desde 2010, anunciaram que iam partir para “novas etapas” das suas carreiras e entraram em pausa sem fim à vista. Antes, a artista lisboeta, que iniciara o seu percurso musical em grupos infantojuvenis na década de 1990, já tinha emprestado a voz aos Donna Maria. No ano passado, e depois de gravar um disco a meias com Aurea, Liz apresentou ao país uma canção inédita de António Variações, intitulada ‘Guerra Nuclear’, e estreia-se agora em nome próprio com o álbum “Girassóis e Tempestades”, no qual trabalhou em parceria com o músico, produtor e DJ Moullinex. “Comecei a pensar: o que significo, em música, eu sozinha como artista? Como é que me posso apresentar?”, assume a cantora em entrevista à BLITZ, “porque conheço-me em Amor Electro, em Donna Maria, tudo coisas em que me revejo e de que gosto, mas agora estou sozinha. Quem é que eu sou no meio disto tudo? Percebi que, como todos nós, não sou só uma coisa, sou várias”. Na verdade, apesar de assinado com o seu nome, o disco é um trabalho colaborativo, reunindo uma série de participações de luxo: além de cantar o tema ‘Contigo’ em dueto com a filha Beatriz, junta canções escritas por Joana Espadinha, Chico César, Edu Mundo ou Tatanka, dos Black Mamba.

“O girassol é a minha flor preferida. Não só porque se vira para o sol para conseguir viver, mas porque quando não há sol os girassóis viram-se uns para os outros para trocar energia e sobreviver. É das coisas mais bonitas que acontece na natureza”. É verbalizando esse exemplo, e salientando que “as tempestades também são necessárias”, que Marisa Liz explica a necessidade de se encontrar com outros músicos para descobrir a sua voz a solo. “É aqui que entra o Luís [Clara Gomes, Moullinex] na parte da produção. Precisava de um braço direito, mas precisava de mais do que isso. Vinha de Amor Electro a compor, a escrever letras, e para este disco percebi que precisava de aprender. Não queria fazer aquilo que já sabia ou aquilo que já tinha feito. E não era possível fazer algo diferente se não soubesse coisas diferentes. Então, todo este disco reúne uma partilha, como o girassol. Fui buscar energia boa a outros sítios para alimentar a minha, para poder fazer este disco. Não foi feito sozinha, de todo. Fui à procura dessas pessoas”.

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