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Banda punk alemã diz-se “humilhada” após ter-lhe sido recusada a entrada no Reino Unido

Banda punk alemã diz-se “humilhada” após ter-lhe sido recusada a entrada no Reino Unido
Facebook Trigger Cut

O Brexit obrigou os alemães Trigger Cut, que tinham sete datas agendadas no Reino Unido, a permanecer em França

A banda punk alemã Trigger Cut diz-se “humilhada” após lhe ter sido recusada a entrada no Reino Unido, onde iria dar sete concertos.

O grupo de Estugarda deveria ter dado entrada no Reino Unido a 6 de abril, mas a polícia fronteiriça obrigou-os a permanecer em Calais, na França. Os passaportes dos membros dos Trigger Cut foram confiscados pela polícia, e foi-lhes pedido um certificado emitido por cada uma das salas onde atuariam.

No Facebook, o guitarrista Ralph Schaarschmidt descreveu a experiência como “um pesadelo”. “Meses de planeamento, 1750km de viagem entre Calais e Estugarda, os custos com o aluguer da carrinha, as taxas alfandegárias caras, o bilhete de ferry… Foi tudo para nada”, lamentou.

“Nunca me senti tão humilhado, triste e abatido como me sinto hoje. Apesar de todo o nosso amor pela música, estas condições burocráticas, custosas e humilhantes não são toleráveis”.

Citado pelo “The Guardian”, o vocalista dos The Charlatans, Tim Burgess, explicou que a situação vivida pelos Trigger Cut mostra os problemas que o Brexit trouxe aos músicos. “É assustador. As bandas da União Europeia deparam-se com regras confusas e complexas, que fazem com que dar concertos no Reino Unido já não valha a pena”, disse.

Ian Smith, agente e co-fundador da organização Carry On Touring, que ajuda músicos a trabalhar na União Europeia e no Reino Unido, queixou-se ao mesmo jornal das regras no pós-Brexit. E contou, ainda, que a polícia fronteiriça tem poder para “recusar qualquer pessoa na fronteira, sem se poder recorrer”.

Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: blitz@impresa.pt

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