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É sexta-feira: MARO, Aurea, Daughter e Marisa Liz numa semana de música no feminino

Marisa Liz e Aurea (em cima), Boygenius e MARO (em baixo)
Marisa Liz e Aurea (em cima), Boygenius e MARO (em baixo)

Canções de intervenção, poesia de Natália Correia ao serviço música e muito mais: aqui estão as novidades musicais desta semana

A última semana ficou marcada pelo lançamento de vários discos de artistas femininas: as portuguesas MARO e Marisa Liz estão de volta com novos álbuns, e também a banda britânica Daughter, liderada pela vocalista Elena Tonra, e o supergrupo Boygenius, composto pelas cantoras-compositoras Phoebe Bridgers, Lucy Dacus e Julien Baker, têm novidades.

Esta sexta-feira, 7 de abril, é editado “hortelã”, o segundo álbum de MARO desde a vitória na Eurovisão, em 2022. Depois de um trabalho mais eletrónico, editado no verão passado, a artista juntou-se a dois guitarristas para, em Barcelona, gravar um álbum “íntimo e sincero” e com ele iniciar um novo capítulo. Sobre “hortelã”, disse MARO à BLITTZ: "Só tem três guitarras e foi todo gravado ao vivo, sem overdubs. As músicas são bastante mais tristes." ‘Juro que vi Flores’, que a autora já gravara no álbum anterior, com Milton Nascimento, ressurge agora em dueto com a catalã Sílvia Pérez Cruz.

“Moods” é o novo álbum de Aurea. Neste trabalho, composto por temas dançantes e outros de natureza mais introspetiva, a cantora estreou-se como compositora e canta, em oito dos temas, em português. Na lista de colaboradores de “Moods”, já disponível, estão António Zambujo, Diogo Piçarra, Isaura, Malu Magalhães, Tiago Bettencourt e Tozé Brito, entre outros.

Já nas lojas está “Girassóis e Tempestades”, o primeiro álbum a solo de Marisa Liz. Produzido pela própria, em parceria com Moullinex, o disco reflete as inquietações da artista: “metade girassol, metade tempestade, metade luz, metade lua, metade dor, metade festa, metade razão, metade loucura”, pode ler-se em comunicado.

Em “Girassóis e Tempestades”, Marisa Liz escreve várias das canções, colaborando na autoria de alguns temas com Tatanka, dos Black Mamba; Joana Espadinha, Diogo Branco ou Valter Rolo. O disco inclui ainda ‘Guerra Nuclear’, um inédito de António Variações. ‘Foi Assim que Aconteceu’ é o single mais recente e tem vídeo de André Tentúgal.

Primeiro álbum da banda londrina em sete anos, “Stereo Mind Game” é o novo disco dos Daughter. Depois de “Not to Disappear”, a banda liderada pela vocalista Elena Tonra apresenta, esta sexta-feira, aquele que descreve como o seu álbum mais otimista. “Stereo Mind Game” sai pela reputada editora independente 4AD.

Também no circuito indie, chegou na semana passada o primeiro álbum das Boygenius. Supergrupo formado por três jovens cantoras-compositoras norte-americanas - Phoebe Bridgers, Lucy Dacus e Julien Baker -, “The Record” reúne o registo folk e indie rock de cada uma das suas integrantes, em canções intimistas. A acompanhar o álbum foi lançado um filme, realizado por Kristen Stewart.

De volta a Portugal, já estão disponíveis os novos álbuns dos Sunflowers - “A Strange Feeling of Existencial Angst”, uma reflexão sobre “a sociedade semi-virtual e de ritmo rápido em que vivemos” - e de Luta Livre, projeto do músico e produtor Luís Varatojo, que lançou o álbum “Defesa Pessoal”. “São dez canções de protesto para acordar uma sociedade sonolenta, bebendo da tradição de Zeca, Zé Mário Branco, mas também do folk, do ska, do hip-hop, [para] dar voz a causas comuns e passar uma mensagem de luta”, escreve-se em comunicado. Os Luta Livre apresentam-se ao vivo na Avenida dos Aliados, no Porto, a 24 de abril, num concerto grátis. Já os Sunflowers estarão na galeria Zé dos Bois, em Lisboa, a 8 de abril.

Já disponível está também ‘Talvez Não Seja Nada’, o primeiro disco do ator e humorista César Mourão, que recentemente falou sobre esta sua aventura no Posto Emissor, podcast da BLITZ. Apresentado pelos singles ‘Talvez Não Seja Nada’ e ‘Cavalinho de Baloiço’, o disco dará origem a dois grandes concertos: no Campo Pequeno, em Lisboa, a 15 de abril, e no Pavilhão Rosa Mota, no Porto, a 28 de abril.

Terminamos com mais uma sugestão: “Projeto Natália”, um disco de homenagem à poetisa Natália Correia, no ano em que se celebra o centenário do seu nascimento. Neste disco, a atriz Mia Tomé interpreta poemas da escritora micaelense, musicados pelo também açoriano Mário George Cabral. O trabalho está disponível em vinil.

Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: blitz@impresa.pt

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