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50 anos de hip-hop celebrados com exposição em Nova Iorque

50 anos de hip-hop celebrados com exposição em Nova Iorque
Getty Images

“Hip-Hop: Conscious, Unconscious” aborda as pessoas, lugares e feitos que o hip-hop alcançou desde que, em 1973, surgiu no bairro de Bronx, em Nova Iorque. “Houve uma época antes de o hip-hop ser uma indústria”

O hip-hop, que nasceu no sótão de uma casa no Bronx e tornou-se numa indústria milionária, está desde quinta-feira em exposição em Nova Iorque, mostrando o caminho deste género musical durante as cinco décadas que assinala este ano.

"Hip-Hop: Conscious, Unconscious", patente no museu Fotografiska até 21 de maio, explora as pessoas, lugares e feitos que o género musical alcançou quando se cumprem os 50 anos do seu nascimento, em 1973, no sul de Bronx, em Nova Iorque. A exposição apresenta mais de 200 fotografias, entre 1972 e 2022, desde itens icónicos desta cultura a retratos raros e íntimos das estrelas do género, de pioneiros lendários como Nas, Tupac, Notorious B.I.G e Mary J. Blige., a ícones mais jovens como Nicki Minaj, Megan Thee Stallion e Cardi B, indicou o museu em comunicado.

Os temas são variados e vão desde o papel da mulher no hip-hop; diversificação e rivalidades regionais e estilísticas no género, bem como uma leitura humanista dos gangues de rua do Bronx dos anos 1970, cujos membros contribuíram para o nascimento do estilo. A exposição também mostra como um movimento de base se tornou numa indústria multibilionária que continua a fazer nomes conhecidos em todo o mundo, incluindo os "quatro elementos do hip-hop" (rap, DJ, breakdancing e graffiti), bem como vários "quintos elementos" incluindo a moda e o beatboxing.

Sobre a importância das mulheres para o crescimento do género musical mais popular do mundo, a exposição mostra imagens de mais de 20 das pioneiras que abriram portas em diversas funções. "Fizemos um grande esforço para retratar com precisão a presença de mulheres, sem sinalizá-las abertamente de forma alguma", sublinhou Sally Berman, co-curadora da exposição. "Há muito menos mulheres no hip-hop do que homens, mas as que deixaram a sua marca têm uma presença eletrizante”, acrescentou.

A exposição é apresentada principalmente por ordem cronológica e geográfica e as áreas de foco incluem, mas não estão limitadas, aos primeiros anos, a costa leste e oeste, o sul e a nova onda de artistas que surgiram desde meados da década. Esta culmina com novas imagens dos maiores nomes que trabalham no hip-hop atualmente. "É fácil esquecer que houve uma época antes de o hip-hop ser uma indústria e antes de ganhar dinheiro", vincou Sacha Jenkins, também co-curadora da exposição.

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