Morrissey partilhou um longo comunicado através do site “Morrissey Central”, na sequência do pedido de Miley Cyrus para que fosse retirada a sua colaboração no álbum “Bonfire of Teenagers”.
Segundo o músico britânico, a decisão de Cyrus nada tem que ver com política - e o ex-Smiths recusou, até, ser caracterizado como apoiante da extrema-direita.
“A Miley quis sair por motivos que nada têm que ver comigo”, explicou. “Teve um problema muito grande com uma pessoa influente no ‘meio’. Há dois anos, quando estrou em estúdio para gravar a ‘I Am Veronica’, ela já sabia tudo sobre mim”.
“Foi ela quem se voluntariou. Eu não lhe pedi para se envolver. O seu profissionalismo foi espantoso, cada minuto que passei com ela foi adorável e divertido”.
Após ter declarado o seu apoio ao partido neo-nazi For Britain, entretanto extinto, Morrissey negou agora ser de extrema-direita. “A esquerda abandonou-me e desertou-me há anos. Mas eu não sou de extrema-direita. Nem nunca conheci alguém que assumisse sê-lo”, disse.
“A minha política é simples: reconheço realidades”. Morrissey insurgiu-se ainda contra “invejosos” e “abutres do cancelamento”, tendo atacado um grupo que diz ter “posições proeminentes nas redes sociais” e que terá iniciado “uma campanha para destruir a minha carreira”. Morrissey não providenciou nomes nem deu provas dessa cabala.
Ainda não se sabe se “Bonfire of Teenagers” acabará por chegar às lojas, depois de a editora Capitol ter cortado relações com Morrissey.