Kanye West afirma “Eu gosto de Hitler”, publica suástica e é suspenso do Twitter
Getty Images
Kanye West foi ao podcast de Alex Jones, teórico da conspiração, defender o ditador cujas políticas levaram à morte de 6 milhões de judeus. “Temos de deixar de falar mal dos nazis”. Depois partilhou uma cruz suástica e foi suspenso do Twitter
Kanye West voltou ataque: esta quinta-feira esteve à conversa com o apoiante de extrema-direita e teórico da conspiração Alex Jones, tendo deixado elogios ao ditador Adolf Hitler.
“Todos os seres humanos têm algo de valor. Especialmente o Hitler, que nasceu cristão”, disse. “Ele teve coisas boas. Estou farto de não poder dizer que esta pessoa não as fez”.
Kanye, que apareceu na entrevista com uma máscara a cobrir-lhe o rosto, não se ficaria por aí. “Eu gosto de Hitler. Temos de deixar de falar mal dos nazis”.
O músico, que nos últimos dois meses tem sido notícia pelas suas declarações antissemitas, voltou a atacar o povo judeu: “É Satanás que entra no corpo dos sionistas, e faz com que eles façam coisas más”.
Mesmo Alex Jones, que recentemente foi condenado a pagar uma indemnização avultada às famílias das vítimas do tiroteio de 2012 numa escola primária em Sandy Hook (Connecticut, EUA) - que Jones disse não ter acontecido, apelidando as vítimas de “atores” -, pareceu ter ficado a dada altura incomodado com as palavras de Kanye. “Pareces ter um fetiche com o Hitler”, disse.
“Não gosto que metam a palavra ‘maldade' junto de nazis. Amo o povo judaico, mas também amo nazis. Hitler não marou seis milhões de judeus. Isso é falso”, respondeu Kanye.
Depois, o rapper tweetou uma cruz suástica combinada com a estrela de David, dizendo “Ye [ele próprio] ama toda a gente”, e acabou suspenso do Twitter, rede social que o havia readmitido recentemente.
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