Viúva e filho adolescente despedem-se de Gal Costa: “Só tinha a visão de que é minha mãe, não tinha visão da sua dimensão como cantora”
O velório de Gal Costa realizou-se na Assembleia Municipal de São Paulo, a 11 de novembro
“Acho que não aproveitei muito a presença da minha mãe aqui. Quando chegava a casa, não ficava muito tempo sentado com ela e com a minha madrinha [Wilma, mulher de Gal]. Acho que devia ter aproveitado mais”, diz o filho de Gal Costa, numa rara entrevista televisiva
Nas cerimónias fúnebres de Gal Costa, que se realizaram na passada sexta-feira em São Paulo, no Brasil, marcaram presença numerosos familiares, amigos e companheiros de profissão. Notada foi a presença de Gabriel Costa, o filho que Gal Costa adotou quando o menino tinha dois anos, e também Wilma Petrillo, que era casada com a cantora.
Segundo o “Correio Braziliense”, o filho de Gal Costa, de 17 anos, e a sua viúva, de 72, chegaram juntos ao velório, que decorreu Assembleia Legislativa de São Paulo. Enquanto o velório foi aberto ao público, no funeral só puderam entrar amigos e familiares.
Gal Costa e Wilma Petrillo estavam juntas desde 1998 e já eram casadas em 2007, quando a artista adotou Gabriel Costa, que vivia num abrigo no Rio de Janeiro. Além de serem casadas, Gal e Wilma eram sócias numa empresa de produção artísticas; durante algum tempo, Wilma foi também agente da voz de ‘Baby’.
Gal Costa num detalhe do álbum "Gal Costa", o seu primeiro a solo, de 1969
Entretanto, Gabriel Costa deu uma entrevista ao programa “Fantástico”, da TV “Globo”, na qual confessou: “Eu só tinha a visão de que ela é minha mãe e só minha e eu não tinha visão da dimensão dela como cantora. Eu só percebi isso no velório dela.”
Na mesma entrevista, o adolescente partilhou que ouve música “totalmente diferente de MPB”, como funk e trap, mas que gosta do álbum “Estratosférica”, que Gal Costa lançou em 2015, e também de ‘Cuidando de Longe’, dueto com a cantora Marília Mendonça, que morreu em 2021. ‘Cuidando de Longe’ faz parte de “A Pele do Futuro”, álbum que Gal Costa lançou em 2018, com a colaboração de vários artistas mais jovens, como Seu Jorge, Tim Bernardes ou António Zambujo, e que a cantora dizia ter sido influenciado pelo filho.
“Acho que não aproveitei muito a presença da minha mãe aqui. Quando chegava a casa, não ficava muito tempo sentado com ela e com a minha madrinha [Wilma] conversando. Eu ia direto para o meu quarto. Ficava jogando, via uma série. Acho que devia ter aproveitado mais”, disse ainda Gabriel Costa.
Assine e junte-se ao novo fórum de comentários
Conheça a opinião de outros assinantes do Expresso e as respostas dos nossos jornalistas. Exclusivo para assinantes