Os Depeche Mode anunciaram esta semana os pormenores do seu novo álbum, “Memento Mori”, e da digressão que irão fazer para apresentá-lo.
Depois da conferência de imprensa, Dave Gahan, vocalista da banda, falou à “Billboard” sobre as novas canções, que se debruçam sobre a ideia de que “a vida é passageira e cruel, e também pode ser alegre e uma celebração, mas tem de acabar”.
Dave Gahan garante que o título “Memento Mori” (locução em latim que lembra a importância de admitirmos a nossa própria mortalidade) foi escolhido antes da morte de Andy Fletcher, teclista e membro fundador da banda, no passado mês de maio, mas que agora faz mais sentido do que nunca.
A partida de Andy Fletcher foi “um choque” para a banda e para Dave Gahan. “Ele estava na minha vida há uns 40 anos”, diz. “Eu e o Martin [Gore] tivemos uma conversa, na qual eu lhe disse: ‘Temos de andar para a frente, não temos?’ E ele disse que sim, sem hesitar. Mas percebi que ficou aliviado, como se estivesse a pensar a mesma coisa.”
Esta foi a primeira vez que os Depeche Mode ponderaram acabar com a banda, diz ainda Dave Gahan. “Foi a primeira vez que abordámos este assunto: ‘Continuamos ou acabamos com isto agora?’ E decidimos: ‘Vamos fazer pelo menos mais este disco.’”
A digressão de “Memento Mori”, em 2023, terá mais de 30 concertos na Europa, mas não contempla qualquer data em Portugal. O álbum sai em março e, nos espetáculos, a banda não irá substituir Andy Fletcher. “Vai ser difícil subir ao palco e ver um espaço vazio onde os instrumentos dele costumavam estar”, confessa Dave Gahan. A banda continuará a tocar ao vivo com dois habituais colaboradores: o multi-instrumentista Peter Gordeno e o baterista Christian Eigner.
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